O PlayStation 4 vem apresentando desempenho surpreendente, com mais de sete milhões de unidades vendidas desde seu lançamento, em novembro. O desempenho do console, porém, não foi suficiente para segurar o faturamento da Sony, que revelou nesta quarta-feira (14) perdas de US$ 1,26 bilhão em todo o mundo.

O número, apesar de negativo, representa uma melhoria de 14,3% em relação ao que foi registrado no ano passado, quando as coisas estavam ainda mais feias. Os resultados tenebrosos têm origem nos setores de câmeras digitais e televisores, que têm apresentado baixas vendas. Também passa por dificuldades o setor de computadores, com a Sony vendendo a marca Vaio para uma firma de investimentos japonesa.

Quando se fala do PlayStation, porém, a empresa só tem alegrias. As vendas cresceram 38,5% no último ano fiscal, gerando US$ 9,5 bilhões em faturamento para a empresa. O total ainda não foi suficiente para pagar os custos de desenvolvimento e divulgação do PlayStation 4, mas a Sony vê os totais como positivos e acredita estar perto de entrar no azul nesse segmento.

Ao todo, 14,6 milhões de PS3 e PS4 foram vendidos no ano passado, sem uma divisão específica entre os consoles. Este é o primeiro ano em que a empresa não inclui também o PS2 em seus números de comercialização, o que gerou uma ligeira queda em relação aos números do ano fiscal 2013.

Quando se fala nos portáteis, porém, a situação não é muito legal. O PlayStation Vita e o PSP venderam, juntos, 4,1 milhões de unidades, um total abaixo do esperado e que deve cair ainda mais ao longo deste ano. A expectativa é chegar a março de 2015 com mais 3,5 milhões de aparelhos nas mãos dos clientes.

Companheiras ao resgate

E os números negativos registrados neste ano fiscal são apenas o meio da história, com o CEO da Sony, Kaz Hirai, alertando os investidores para esperarem novas perdas neste ano. Justamente por isso, ele, juntamente com outros membros da diretoria, devem cortar seus salários pela metade, além de abrir mão de seus bônus anuais em um esforço para reduzir a saída de dinheiro da companhia. A informação não foi confirmada, mas é dada como certa pelo The Wall Street Journal.

Além disso, as ações da Square-Enix chamaram a atenção, com a empresa comprando de volta toda sua cota de ações que era pertencente à Sony. Apesar do movimento parecer uma busca desesperada por dinheiro, trata-se de um acordo de cavalheiros firmado entre os CEOs Kaz Hirai e Yosuke Matsuda.

Quem explicou toda a situação foi Shinji Hashimoto, o produtor de jogos como Final Fantasy e Kingdom Hearts. Segundo ele, em declarações publicadas pelo VG24/7, há treze anos, quando a Square passava por dificuldades financeiras, a Sony adquiriu uma boa parcela de suas cotas e se tornou a terceira maior acionista da desenvolvedora.

Agora, a situação se inverteu e, para a produtora, nada mais justo do que auxiliar a companhia parceira neste momento difícil. Hashimoto diz que a notícia nem mesmo deveria ter saído na imprensa e se mostrou surpreso por precisar explicar a questão.

Com informações do GameSpot.

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