Quem é fã de The Last of Us como eu ainda deve ter muito fresco na memória o One Night Live, evento que rolou nesta segunda-feira (28) e serviu como uma espécie de apresentação teatral do roteiro do game. No palco, os atores Troy Baker, Ashley Johnson, Annie Wersching e Merle Dandridge voltaram, um ano depois, a seus personagens e, mais uma vez, emocionaram o público com uma história de sobrevivência, sacrifício e transformação.

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Trata-se de um projeto experimental da Sony que, apesar de não ter falado nada sobre isso ainda, deixou claro quando ele foi anunciado que algo semelhante poderia acontecer com outros jogos. Mas e se não apenas ela, mas também outras desenvolvedoras realizassem algo semelhante com alguns de seus principais títulos?

São muitos os jogos com enredos e momentos memoráveis. Mas quais, especificamente, nos marcaram tanto não apenas pelos diálogos, mas também pela atuação, a ponto de merecer uma encontro dos atores envolvidos em um palco de teatro? Aqui, o NGP apresenta algumas de nossas opções preferidas para míticas e irreais novas apresentações ao estilo One Night Live.

BioShock Infinite

Troy Baker foi um dos grandes astros da apresentação de The Last of Us, e aqui, não seria diferente. Apenas a interpretação ao vivo da canção cristã “Will The Circle Be Unbroken?”, por si so, já valeria para trazer o ator ao palco, ao lado da intérprete de Elizabeth, Courtnee Draper.

Mas este não é o único momento do game que mereceria algo do tipo. Infinite está cheio de bons diálogos, momentos de desespero e, principalmente, mindfucks, que fazem com que muita gente, até hoje, quebre a cabeça para entender tudo o que se passou no game. Sem dúvida alguma seria algo bonito de se ver.

Full Throttle

“Sabe o que ficaria bem no seu nariz? O bar!” Essa é apenas uma das tiradas sensacionais de Full Throttle, um dos titulos clássicos dos adventures da LucasArts e grande competidor para o título de melhor jogo do gênero já lançado. Com nomes como Mark Hammil e Roy Conrad no elenco, o game trazia clima de filme e uma trama com personagens obscuros envolvendo assassinato, ganância e muito olho de motor.

Mais do que uma interpretação do texto em si, um Full Throttle: One Night Live poderia muito bem ter seus momentos de show de rock. A banda The Gone Jackals, que acabou em 1999, também poderia voltar para interpretar, ao vivo, alguns de seus principais sucessos, que fizeram muito gamer infantil começar a curtir sons mais pesados desde cedo. Não tem alma quem não se arrepia com os acordes iniciais de Legacy, o tema do titulo.

Batman: Arkham City

Mais uma vez vamos falar de Mark Hamill. Se o ator teve o maior papel de sua carreira no cinema com Luke Skywalker, nos games, esse mérito é todo do Coringa. O dublador é um dos mais clássicos intérpretes do vilão de Batman e, em Arkham City, estava particularmente inspirado.

Aliado de um roteiro bastante interessante e de uma história tão maluca que apenas poderia ser obra do Palhaço, os diálogos entre um Coringa moribundo e um Batman já de saco cheio, intepretado por Kevin Conroy, são puro ouro. E, no palco, os atores poderiam mostrar toda a força dos papeis pelos quais serão lembrados para sempre.

Grand Theft Auto V

Jogos de mundo aberto, muitas vezes, não tem lá uma história muito elaborada, privilegiando mais a liberdade e a quantidade de missões do que o enredo propriamente dito. Mas, em GTA 5, a Rockstar se superou e trouxe um personagem que nos faz lamentar o fato de eles nunca retornarem em sequências da série. Estamos falando de Trevor, interpretado pelo fenomental Steven Ogg.

Não é como se Franklin e Michael não tivessem falas sensacionais, até porque, eles efetivamente têm. Mas jogar o game com o tresloucado protagonista é uma experiência à parte pelo simples fato de ele ser completamente maluco e cheio de tiradas. Um monólogo de Trevor, aqui, já seria suficiente.

Resident Evil

Qualquer um que tenha jogado o primeiro game da série no PsOne deve se lembrar dos diálogos um pouco.. esquisitos deste título. Mesmo sem entender muito do inglês falado, dá para perceber que algo de estranho estava acontecendo por ai, e justamente por isso, a dublagem do primeiro Resident Evil, de 1996, se tornou antológica. Problemas de tradução, atores nada experientes ou uma indústria que ainda estava começando: pode escolher a razão. Todas elas são válidas.

Mas, mais do que isso, os atores responsáveis pelas vozes dos protagonistas são, em grande parte desconhecidos, ou então, cobertos de mistérios. Alguns falam em atores pornográficos contratados por baixo custo, enquanto outros já foram verificados mas simplesmente seguiram suas vidas, longe dos games. Ainda assim, mesmo para quem não é fã, seria o máximo ver toda essa galera junta de novo, quase 20 anos depois do lançamento de um dos games de terror mais clássicos de todos os tempos.

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