As coisas nunca foram fáceis para a 4A Games, estúdio ucraniano responsável pela franquia Metro. Os relatos sobre o desenvolvimento do primeiro título da franquia falam de escritórios sem aquecimento e cadeiras de plástico, mas mesmo após o sucesso e a relevância no mercado, a empresa ainda passou pelos seus problemas para trabalhar em Metro Redux.

A culpa dessa vez não é da falta de orçamento, e sim, da crise na Ucrânia, que quase motivou uma invasão russa ao país. Não se imaginava, porém, que esse tipo de situação teria efeito também sobre o mercado de games, mas, segundo o gerente de franquias da 4A, Huw Beynon, kits de desenvolvimento tiveram que ser contrabandeados para que a empresa pudesse continuar trabalhando.

Caso os aparelhos fossem importados por meios legais, a alfândega cobraria altas taxas para que eles pudessem entrar nas fronteiras fechadas do país. O problema é tão grave que, mesmo já trabalhando em Metro Redux desde o final do ano passado, a empresa apenas conseguiu colocar as mãos em kits de desenvolvimento do Xbox One há cinco meses, quando a produção já avançava tendo o PS4 como base.

Beynon não mora mais na Ucrânia, mas acompanha todo o trabalho de longe. E conta que, inclusive, muitos dos desenvolvedores de Metro Redux estiveram envolvidos nos protestos do início do ano, mas que felizmente, nenhum deles se feriu em confrontos com as autoridades. “É um momento assustador por lá. Não sabemos o que vai acontecer e eles precisam trabalhar sob essas circunstâncias extraordinárias”, completou ele.

Foi justamente essa situação política instável que levou a 4A Games a anunciar a abertura de um novo escritório na Ilha de Malta, no Mar Mediterrâneo. O estúdio passará a funcionar como central da desenvolvedora, que continuará presente também na Ucrânia.

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