Francesa, mas presente há mais de dez anos em solo nacional, a Ubisoft é uma empresa que cada vez mais estreita seus laços com o nosso país. Seja por meio de uma fase não tão bem-vista assim em Assassin’s Creed, ou um DLC extremamente bem recebido em Rainbow Six: Siege, não há dúvidas de que a companhia aposta no Brasil. E, agora, ela decidiu lançar uma artista.

Ao desenvolver Just Dance 2017, a desenvolvedora decidiu incluir nada menos do que quatro canções brasileiras. Temos “Tico Tico no Fubá”, em uma versão da Frankie Bostello Orchestra, “Carnaval Boom”, samba em português com interpretação do Latino Sunset, e “Bang”, de Anitta, uma das revelações da BGS 2016. A maior presença nacional já registrada em um título da série é completada por “Te Dominar”, a dançante música de estreia de Daya Luz.

Ex-dançarina do Faustão, ela decidiu entrar na carreira musical neste ano, mas as bases de sua grande explosão, com a entrada em Just Dance 2017, aconteceu no ano passado, durante a Brasil Game Show. No recente evento de lançamento do título, conversamos rapidamente com a artista, que se diz uma gamer desde a infância. Agora, ela ganha uma ajuda de peso, justamente de uma das empresas mais conceituadas desse mercado, para dar o pontapé inicial em sua carreira.

New Game Plus: Como sua música foi parar em Just Dance 2017?

Daya Luz: No ano passado, estive na Brasil Game Show e subi ao palco para uma partida contra o bicampeão mundial de Just Dance, o Diego “Diegho San” dos Santos, e a vice, Amandine “Dina” Morrisset, e a venci. Isso chamou a atenção da Ubisoft, que já estava em busca de uma cantora brasileira para estar no game.

Eles ficaram impressionados com a minha vitória, e expliquei que era fã do título. Disso, surgiu a oportunidade de compor uma música em apenas três dias e mandar para eles. Consegui fazer isso e acabei passando no teste.

NGP: “Te Dominar”, então, é uma música feita exclusivamente para Just Dance?

DL: [A empresa] ficou impressionada com a minha vitória, e quanto expliquei que era gamer e fã de Just Dance. Quando surgiu a oportunidade, tive apenas três dias para compor uma música, que foi enviada para eles. Acabei conseguindo passar no teste e a faixa foi produzida para o game pela Ubiloud, [selo de gravação da própria Ubisoft].

NGP: A coreografia também foi montada em parceria com a desenvolvedora?

DL: Tive participação, mas quando me mandaram os passos, eles já estavam prontos. Eu gostei logo de cara, nem tive muito o que mexer ou falar. Depois, fui a Paris para acompanhar os dançarinos e todo o processo de captura de movimentos, uma experiência incrível.

NGP: Como foi fazer essa “mudança de lado”, saindo de fã para, de repente, ter uma música própria dentro do jogo?

DL: Eu vou jogar esse negócio todo dia! [risos] É incrível, sempre joguei video game, e agora, tenho uma música dentro de um que eu adoro. Nunca imaginei que isso fosse acontecer, foi meu gosto por games que me levou a entrar em Just Dance, então, só tenho a agradecer por isso.

NGP: E como é começar a carreira desta maneira, logo em um jogo bastante reconhecido?

DL: Estou começando [minha carreira] agora e Just Dance já está me trazendo bons frutos. Rola uma curiosidade das pessoas em saberem quem é Daya Luz e porque ela está no jogo junto com a Anitta. Estou muito feliz de representar o Brasil neste game que vai rodar o mundo inteiro. E, com isso, espero que mais e mais pessoas me conheçam e acompanhem os trabalhos que estão por vir.

NGP: E agora que o título já saiu, o que você prepara para o futuro?

DL: Um clipe de “Te Dominar” vai ser lançado em breve e contou com a participação de 50 “Just Dancers”. Fiz questão de chamá-los, pois eu, como fã, ficaria muito feliz. Essa é uma forma bacana de recompensá-los por todo o carinho que eles estão dando ao meu trabalho neste início.

 

NGP: Além de Just Dance, o que mais você curte?

DL: Os games estão presentes na minha vida desde a infância. Tenho um arcade com mais de 200 jogos na sala da minha casa, então, sempre que tenho um tempinho, estou lá jogando Street Fighter. Além disso, gosto muito de Resident Evil – Revelations 2 é meu preferido -, mas adoro toda a série.

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