Na quarta (21), esse que vos escreve #partiu para a estreia de X-Men Dias de um Futuro Esquecido, numa dessas sessões da meia-noite. Normalmente deixo pra ir no meio da semana, na parte da tarde, quando eu sou praticamente o único dentro da sala de cinema, mas dessa vez estava tão empolgado com o filme. Era a chance da série se redimir por completo e digo que assim foi, até os malditos olhos de uma mutante azul aparecerem no final do filme, mas não é para isso que estou aqui.

Vim para falar da trajetória do mutantes mais “queridos” da cultura pop, (odeio esse termo), nos games. A lista de jogos dos X-Men é enorme, é obvio que eu não joguei todos por isso irei me ater unicamente aos que joguei, começando por:

X-Men Arcade Game

Arcade, PSN, Live – Konami 1992

Como fã de jogos de arcade, fico triste em dizer que nunca joguei esse game na sua época de lançamento. Não era uma máquina fácil de se encontrar, ate mesmo em shoppings, devido ao seu porte. Imagine um gabinete onde ate 6 pessoas poderiam jogar ao mesmo tempo? Não conseguiu? Não tem problema, tem uma foto da “monstruosidade” logo abaixo.

Devido a esse fator não tive a oportunidade de jogá-lo até o advento da emulação. Trata-se de um Beat ‘em up, briga de rua, “tipo Fainal Faiti”, daqueles que a Konami produzia com maestria nos anos 90. No elenco estavam Ciclope, Colossus, Wolverine, Tempestade, Noturno e Cristal(?). Todos distribuindo sopapos em hordas de sentinelas e em mutantes como Pyro e Blob.

X-Men e X-Men 2: Clone Wars

Mega Drive – Sega 1993/94

Dois excelentes jogos da biblioteca do 16-bits da SEGA, sendo o segundo o mais aclamado. Ambos seguem a mesma linha, jogos de plataforma com a possibilidade de se alternar entre os personagens para passar pelas fases. Um detalhe interessante é que você tem um número limitado de vidas, uma pra cada personagem, sendo assim, se um personagem morre você não pode mais escolhe-lo. Joguei pouco o primeiro jogo da serie, mas o segundo, diria que paguei em alugueis o carro do Pacheco, dono da locadora de mesmo nome lá do bairro onde cresci.

X-Men: Children of the Atom

Arcade, Saturn, Playstation e PC – Capcom 1994

Agora sim, entramos no meu estilo favorito. Esse jogo dispensa apresentações, bem no auge do hype dos mutantes, graças ao desenho que era exibido na TV Colosso ali, bem perto do meio dia. Me lembro muito bem de passar as ferias em Curitiba na casa da minha vó e ela sempre chamar pra almoçar bem no meio do desenho e eu, claro, não saia de frente da TV antes de acabar.

O hype somado a jogabilidade fantástica do jogo, fizeram dele um sucesso instantâneo. Você acabava de ver o desenho na TV, ia pro “flipper” e lá estavam todos os personagens, em sprites imensos, detalhados, coloridos, com uma jogabilidade extremamente amigável ao fãs de Street Fighter.

Não demorou para as versões caseiras aparecerem, mas pra minha tristeza, o jogo só foi portado bem para o Sega Saturn. As versões para PlayStation e PC eram horríveis, lentas e bugadas.

X-Men: Mutant Apocalypse

SNES – Capcom 1995

Devido à popularidade do 16-bits da Nintendo, acredito que esse é um dos jogos mais conhecidos dos X-Men. Mutant Apocalypse tem estrutura similar a dos X-Men de Mega Drive, porém, só é possível selecionar qual membro da equipe vai atravessar a fase no primeiro e último estágios. Graficamente o jogo é muito superior, porém depois de ver os visuais de Children of the Atom, eles se tornam um pouco brochantes.

Uma curiosidade é que a Capcom veio a reciclar esse jogo no futuro, trocando apenas os sprites para trazer ao SNES sua versão de Marvel Super Heroes: War of The Gems.

A partir daqui, vocês notarão uma tristeza, um amargor nas minhas palavras, pois a criação da série Versus foi o ponto zero para o fim dos games de luta inteiramente baseados no universo Marvel.

X-Men vs. Street Fighter

Arcade, Sega Saturn, PlayStation – Capcom 1996

Quando penso nesse jogo só me vem a cabeça: PRA QUE?!
Vínhamos de dois excelentes jogos baseados no universo Marvel, pra que misturar e fazer um jogo pobre de enredo, ao meu ver.

Isso foi só o inicio, depois vieram Marvel Vs. Street Fighter, Marvel Vs. Capcom, o aclamado por muitos Marvel Vs. Capcom 2 e a M#$D@ fumegante que é, na minha opinião, Marvel Vs. Capcom 3.

Ok, talvez eu esteja exagerando, mas o que me deixa “desgraçado da minha cabeça” é a Capcom deixar de produzir um Marvel Super Heroes 2: Civil War ou um X-Men 2: Age of Apocalypse pra ficar produzindo esses crossovers. Ta bom, parei.

Bem, para fechar com chave de… Para encerrar apenas:

X-Men: Mutant Academy

PlayStation, Game Boy Color – Activision 2000

Dessa vez, embalado pelo hype do filme e com eu sem entender porque cargas d’água os direitos dos X-Men foram parar nas mãos da Activision, é lançada essa aberração.

Na época, com CDs de PsOne sendo vendidos em feiras livres, postos de gasolina, postos de saúde, casas do norte, etc, não hesitei em comprar uma cópia desse jogo. Na minha cabeça, um novo jogo de luta dos X-Men não poderia ser menos do que um X-Men Vs. Street Fighter, ledo engano. O jogo é horrível. Gráficos ruins, jogabilidade pior e ainda por cima, lento. O unico ponto positivo que vi eram os extras que continham muito material do filme.

O jogo teve também um versão para Game Boy Color, porem essa eu não joguei, assim como sua seqüência, X-Men: Mutant Academy 2.

A biblioteca de jogos dos X-Men é vasta, aqui eu só pincelei alguns dos jogos que tive o prazer e o desprazer de jogar. Na ocasião do lançamento do filme “Wolverine: Imortal”, fiz um vídeo com a trajetória do Carcaju nos arcades que está totalmnte ligado aos jogos dos X-Men.

PS: Esse post não estaria completo sem uma citação ao jogo que enganou gerações, X-MAN, do Atari 2600.

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