Com um mês e meio de atraso, finalmente o CEO da Crytek, Cevat Yerli, veio a público falar sobre os problemas financeiros pelos quais a empresa está passando. O que começou como o que a empresa taxava de rumor tornou-se público com a passagem da franquia Homefront para a Deep Silver, e assim, ficou mais difícil negar o que relatos de funcionários e sites da indústria já vinha comentando há algum tempo.

“Somos humanos. Cometemos erros. Somos falhos”, afirma ele, em entrevista ao Eurogamer na qual esclarece toda a situação. Ele conta que, em determinado momento, a Crytek se viu diante de duas opções: atrasar os salários dos funcionários e salvar a empresa, ou então, continuar repassando o dinheiro e entrar com um pedido de falência. Segundo Yerli, a escolha foi feita entre a menos pior entre duas péssimas decisões.

O CEO admite também que os atuais problemas financeiros da Crytek estão relacionados a uma mudança no modelo de negócios, que deixa o esquema mais tradicional para se basear nos jogos free-to-play. É uma iniciativa que já foi criticada por ex-funcionários, mas que para Yerli, se trata de uma adequação ao que a direção considera como o futuro do mercado. Ele conta que tais questões já foram solucionadas e, agora, a empresa já está operando normalmente.

A venda de Homefront e o cancelamento de Ryse 2 foram as principais vítimas dessa transição. Segundo ele, existia a opção de atrasar tais mudanças até a conclusão dos títulos, mas o acordo com a Koch Media (controladora da Deep Silver) veio em um bom momento e permitiu a continuidade dos trabalhos e também das alterações internas na Crytek.

Yerli explica o lançamento de Ryse: Son of Rome para PC como uma medida para melhorar as vendas do título, que segundo ele, não foram satisfatórias no Xbox One. E dá a entender que, no futuro, uma sequência pode sim ser lançada, após um aumento na base instalada dos consoles de nova geração. Por outro lado, ele nega qualquer problema com a Microsoft e afirma que as empresas continuam pensando no que podem fazer juntas.

Além disso, o executivo lembra de TimeSplitter, outra franquia que está nas mãos da Crytek. Segundo ele, existiu um projeto para trazer a série de volta, que acabou não indo para a frente, mas pode vir a caminhar no futuro.

E sobre Crysis? A resposta de Yerli foi um sexo “não sei”, quando perguntado sobre o quarto game da série. Elaborando, ele fechou a entrevista dizendo que esse não é o foco no momento e a empresa segue trabalhando nos projetos já anunciados e suas estratégias para o mercado free-to-play.

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