Dead or Alive 5: Last Round

por Edes WR

É exatamente aquilo que parece…

Desde o lançamento do Dead or Alive original, em 1996, a série pouco evoluiu como jogo em si, a não ser em termos de gráficos. Consequentemente, isso se refletiu na representação de seus personagens, principalmente no que diz respeito aos atributos femininos. Nesta última encarnação da franquia, estreando na geração atual, a aposta é o formato free-to-play e as micro-transações, sem arriscar muito nos demais aspectos e, claro, sem se esquecer daquilo que a consagrou.

O arroz com feijão…

Com muitos problemas já no lançamento, Dead Or Alive 5 ficou prejudicado no objetivo de atingir um público colecionista.

Contando com os esperados e básicos modos disponíveis em todo jogo de luta, além de um multiplayer tanto online como offline, e a possibilidade de jogar em duplas no bom e velho Tag-Team, Dead or Alive 5: Last Round é permeado de tramas irrelevantes e sem pé nem cabeça. O jogo é estrelado pelo ninja sem memória Hayate, sua irmã órfã Kasumi, uma empresa maligna com desejo de dominar o mundo e outros personagens motivados a lutar por vingança, rivalidade, galhofagem ou puro exibicionismo.

Dead-or-Alive-5-Last-Round-3

Colocando de lado os clichês, o game diverte no seu intuito principal que é a porradaria, de fácil aprendizado e com competentes efeitos de impacto e interação com os cenários. Destaque para os ambientes onde se desenrolam as lutas que, apesar de pouco inspirados e bem desabitados, possuem vários elementos destrutíveis. Terrenos ondulados ou inclinados e múltiplos níveis, como já vistos em versões anteriores, possibilitam arremessar o rival através de uma parede ou pela beira de um penhasco, assisti-lo despencar e se estatelar no chão, prosseguindo a luta no novo cenário.

Todos os 32 personagens (incluindo os quatro convidados vindos de Virtual Fighter, da SEGA) são customizáveis com roupas e acessórios, muitos de gosto duvidoso caso você já tenha passado dos 12 anos de idade, principalmente no caso das mulheres. Porém, mais da metade de tudo relacionado até aqui tem um preço, afinal estamos falando de um jogo “gratuito”.

Demo de luxo, perfumaria e etc…

RealTimeAccessory_after_en_mask.0

Colocando de lado os clichês, o game diverte no seu intuito principal que é a porradaria de fácil aprendizado.

A versão free-to-play disponível leva o subtitulo de “Core Fighters” e permite jogar o modo Arcade, Versus, Training e Survival com apenas quatro personagens e algumas poucas variações de roupas para cada um. Todo o restante – itens de customização, modo História e demais personagens são itens pagos, adquiríveis via DLC.

Entre os itens mais notórios, para não dizer constrangedores (principalmente quando sua esposa entra na sala enquanto você joga), temos dezenas de biquínis, maiôs e outras roupas dignas de um sex shop. Mesmo assim, o título chegou com muitos problemas já no lançamento e o objetivo de atingir um público colecionista ficou um tanto quanto prejudicado.

Todo o poder da nova geração!

Os consoles atuais obviamente levam vantagem sobre os da geração passada no que diz respeito a quadros por segundo, mas as diferenças param por aí. Todo o demais é exatamente igual em todas as versões, exceto por um (ou seriam dois?) e importantíssimo item, que pode ser visto no video abaixo:

Dead or Alive 5: Last Round provavelmente não será o ultimo game da serie. O apelo sexual não é novidade nenhuma, na verdade, acredito que a marca seja mais lembrada por esse motivo do que pelas características técnicas como um jogo de luta. Não é um game que se leva a sério e nem muito menos deve ser levado assim pelos jogadores. Baixe o free-to-play, veja meninas com pouca roupa e divirta-se, mas não gaste dinheiro.

Este jogo foi analisado no PlayStation 4.