Excluindo-se o fator fantasia mais a ação, os Personas e todo o misticismo que circunda este JRPG tão aguardado, pode-se dizer que o quinto título da franquia parece muito com um simulador da vida real (japonesa, mais ainda assim, vida). Digo isto, pois, todas as informações reveladas pela Atlus durante a E3 2016 fazem o título parecer ser um dos jogos mais audaciosos e promissores criados pela Atlus – ou tudo isso pode ser só o meu hype e meu entusiasmo como fã falando mais alto, you choose.

Fato é que são muitos detalhes atrelados, muitos cuidados com o jeito que todo o game é conduzido pelo jogador, o que se estende ao conceito do ciclo da passagem de tempo (de manhã até a noite, e o dia e o mês do calendário sempre em evidência, como em P3 e em P4), até aos meios de completar uma missão. Mas vamos por partes, pois são muitas informações.

Primeiramente, você deve saber que Morgana será sua companheira a todo o momento: quando não estiver no mundo das sombras, ela assumirá a forma de um gato comum e estará sempre do seu lado, seja na escola ou no cinema… Isso é bonitinho, particularmente falando. Todavia, os seus relacionamentos não se resumem apenas a isso; será ainda possível conversar com NPCs próximos, e até mesmo enviar mensagens de textos a alguns deles, quando for possível. Além disso, os amigos mais próximos do protagonista (Annie, Ryuji, Yusuke e Sakura) se comunicarão o tempo inteiro através de um grupo de chat, quando não estiverem cara a cara com o personagem principal. Soa tão familiar, não é mesmo?

Persona5

À noite, o jogador escolhe se prefere estudar, treinar ou partir para o mundo das sombras com seus companheiros para “consertar” corações corrompidos – esses lugares são chamados Palaces, e são dungeons sombrias localizadas, adivinhe só você, no coração das pessoas. Durante o dia, será necessário ir à escola e, após isso, será possível trabalhar em serviços de meio período. Nos dias de folga, pode-se explorar a cidade e, assim como em seus predecessores, durante as aulas serão feitas perguntas sobre a matéria, e respondê-las corretamente aumentará a moral do protagonista, por assim dizer – legal, agora poderei ser nerd nos videogames também e fuck, this is so cool!

Ainda sobre os dias de folga: se for passear pela cidade, o protagonista usará roupas casuais, e estas serão trocáveis. No fim de cada dia, o personagem principal irá voltar para a sua casa: um quarto pequeno, uma espécie de esconderijo que fica em cima de um bar.

No que se refere às missões, será possível falhar nelas. Há, por exemplo, uma missão que envolve uma professora querendo expulsar o protagonista. A partir disso, serão dados dez dias para que isso seja resolvido – leia-se: o jogador terá que entrar no Palace desta professora e resolver o problema. Todos os Palaces possuem objetivos únicos, que dizem respeito ao coração da pessoa a quem pertence, semelhante a Persona 4. Essa missão em específico, se não for completada em dez dias in-game, é game over (o que é assustador de alguma forma).

Quando o jogador estiver em dungeons, haverá rotas alternativas e objetos para interagir. O protagonista possui uma habilidade chamada “Third Eye”, que o ajudará a resolver puzzles e encontrar itens secretos. É possível ainda, se mover sorrateiramente para evitar ser avistado por algum inimigo – inclusive, se você conseguir surpreender algum oponente, ganhará certa vantagem durante a batalha.

Por falar em batalhas, elas ainda são em turnos, mas estão muito mais rápidas por conta dos comandos muito bem distribuídos pelos botões. Será possível também conversar com os inimigos com a feature “Hold Up”, e se o jogador conseguir persuadir o Persona, ele se juntará a você – algo similar ao que ocorria na série Shin Megami Tensei, com os demônios. Outra adição legal é a possibilidade de passar o turno para os amigos: o protagonista dá um high-five no companheiro escolhido e passa a sua vez para ele, o que acrescenta não apenas um tom a mais de estratégia, como também concede ao parceiro um boost extra (o que fará com que ele/ela cause mais dano).

Por fim, o mapa funciona semelhante aos jogos anteriores, onde o jogador poderá escolher uma localidade e viajar até lá. Cada área é inspirada em locais que existem de verdade, mas com algumas atrações fictícias. Há ainda uma clinica médica onde será possível se curar e comprar itens medicinais, e também uma loja de armas para, dã, comprar armas.

Quanto à história, detalhes não foram revelados ainda – e eu duvido que sejam –, mas sabemos que a narrativa explorará a sociedade moderna e como as pessoas sentem-se oprimidas pelas regras impostas sobre elas. Os personagens lidarão com problemas pessoais, como de costume na série, e deverão superá-los, seja no cotidiano ou como Phantom Thieves (a identidade que eles assumem durante a noite, no mundo das trevas). Assim como nos títulos anteriores, será também possível criar sua própria história ao se relacionar com personagens distintos, ou visitar locais específicos.

Persona 5 será lançado para PS3 e PS4 no Japão em 15 de setembro deste ano, e nos EUA em 14 de fevereiro de 2017. O presente de dia dos namorados já está garantido, pelo menos.

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