Para os analistas da Newzoo, uma firma de pesquisas especializada no mercado de games, 2015 será o ano da virada. De acordo com um novo estudo, o faturamento da indústria de jogos para celulares e tablets deve ser maior que a dos consoles e PCs em 2015, refletindo um movimento já bastante antigo que apontava um aumento cada vez maior no tempo e dinheiro investido em títulos mobile.

Para o especialista Peter Warman, títulos como Clash of Clans e Angry Birds Transformers são a prova de que títulos móveis podem atrair tanto ou mais atenção que os principais lançamentos “tradicionais”. Tanto que as previsões de lucro para 2014 tiveram que ser significativamente ampliadas pela empresa, que antes esperava faturamento na casa dos US$ 21 bilhões e, agora, acredita que mais de US$ 25 bilhões tenham entrado nos cofres das empresas.

É um aumento de 43% em relação a 2013, que deve se manter também em 2015. E, se isso realmente acontecer, será suficiente para ultrapassar o mercado de consoles pela primeira vez. A expectativa para este ano é que o mundo mobile acumule US$ 30,3 bilhões em todo o mundo, enquanto os aparelhos tradicionais acumularão US$ 26,4 bilhões.

O maior crescimento, aqui, acontece na Ásia, com a China, principalmente, contribuindo para um mercado altamente acelerado e expectativa de 86% de aumento. Na sequência, vem a América do Norte, com 51%, enquanto a Europa está na cola, com 47%.

Tudo isso não é necessariamente um sinal de crise para a jogatina tradicional. A Newzoo prevê, sim, uma retração, mas ela não está relacionada ao mundo dos games mobile, e sim, a outros aspectos de mercado, como atrasos em jogos muito esperados, altos preços cobrados pelos consoles em alguns países do mundo e, principalmente, flutuações econômicas ao redor do mundo.

São fatores que não influenciam tanto nos celulares e tablets, já que enquanto um game para PS4 ou Xbox One custa US$ 59,99, um título móvel dificilmente ultrapassa a casa dos US$ 5, quando não são gratuitos e trazem apenas microtransações, com valores vistos como irrisórios para os jogadores. Por isso mesmo, eles parecem mais propensos a gastar.

Com informações da Fortune.

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