O NGP foi convidado pela Mad Mimic para testar uma versão ainda em produção de seu mais novo jogo, No Heroes Here. Conversando com Luis Tashiro, um dos fundadores da desenvolvedora, tivemos a chance de conhecer de perto um pouco do trabalho da empresa, por trás de alguns dos jogos independentes de maior evidência nos últimos tempos, aparecendo no edital da SPCine, assim como figurando em eventos como a Tokyo Game Show e PAX West.

Produzindo jogos para outras empresas durante tantos anos, segundo Tashiro, era hora de partir de para novos ares, dessa vez com todo o controle criativo possível. No Heroes Here é o primeiro projeto autoral da Mad Mimic, que anteriormente se especializava em serious games, ou seja, jogos encomendados por outras empresas.

O título nos coloca no papel de soldados do reino de Noobland, que tem seus castelos ameaçados por inúmeros invasores, cabendo a você (e seus colegas, caso seja uma partida multiplayer) defender o território produzindo munição, disparando em direção dos inimigos e limpando as armas em seguida.

Primeiramente, testei a versão single player do jogo, com o auxílio de Victor Barbosa, um dos membros da equipe de controle de qualidade, para aprender um pouco sobre os comandos. Nela, você assume o controle de dois pequenos soldados protegendo o castelo de seus invasores, com o detalhe que é possível apenas controlar um desses personagens por vez.

É um pouco confuso, de início, conseguir administrar de maneira eficiente os dois combatentes e ainda prestar atenção nos arredores do castelo, mas, conforme você aprende a deixar um deles em um ponto estratégico, para então trabalhar com o outro, isso vira uma experiência muito divertida.

 

Devo admitir que, apesar de me divertir com o single player, o grande chamariz de No Heroes Here reside em seu modo cooperativo para quatro jogadores. Disponível tanto em multiplayer local como online, os jogadores assumem o papel de soldados para defender os castelos, ou, ao menos, tentar. Tive a sorte de jogar com outras três pessoas que já conhecia, então o entrosamento não demorou muito para chegar, assim como as brigas com quem não estava fazendo sua função direito.

São inúmeros níveis com configurações de castelos diferentes, criando situações como a existência de apenas uma fornalha para produzir as balas de canhão e pólvora, forçando um trabalho restrito de revezamento entre os jogadores, ou então, quando um ingrediente vem de forma muito escassa, fazendo você gritar com seu colega que desperdiçou munição para derrubar um grupo pequenos de invasores.

São dezenas de níveis com diversos desafios diferentes para se enfrentar, assim como inimigos diferentes. Além dos cavaleiros comuns que se aproximam dos portões para tentar derrubá-los, você tem os gigantes que precisam de duas balas de canhão para caírem, assim como um soldado especial que aumenta a velocidade das tropas próximas a ele. O trabalho de priorização é essencial quando diversos fronts são atacados ao mesmo tempo.

Após algumas fases os jogadores devem se juntar para enfrentar um boss, no nosso caso, o primeiro veio na forma de uma galinha mecânica gigante. No momento mais tenso de nossa jogatina, todos nós estávamos em silêncio, falando apenas para notificar um ao outro quando precisávamos de munição ou limpar um dos canhões. Foi o momento mais difícil de toda a experiência, exigindo muita coordenação e timing de nossa trupe de soldados.

Como não quis atrapalhar ainda mais o andamento da produção do jogo, que está em seus toques finais de refinamento e balanceamento antes do lançamento marcado para outubro, me despedi de todos feliz em saber que ainda existem estúdios que valorizam a experiência divertidíssima de jogar entre amigos ao redor de uma TV.

No Heroes Here tem lançamento programado para o dia 3 de Outubro na Steam, com versões para consoles ainda em produção. O game também estará no estande da Sony durante a Brasil Game Show 2017.

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