Prestes a chegar não apenas aos catálogos das mais variadas lojas, como também em nossas estantes (ou bibliotecas digitais), está o tão aguardado Resident Evil 7. Desde seu anúncio durante a E3 deste ano, muito se fala sobre a decisão da Capcom de renovar a franquia, empregando elementos de câmera em primeira pessoa e substituindo os amados protagonistas de sempre por rostos novos, em meio a mais uma conspiração viral enraizada em seu gênero de origem, o Survival Horror. Todavia, é inegável que, até mesmo quem não gostou destas mudanças, está curiosíssimo para saber o game irá entregar.

A grande dúvida que permeia pela mente dos fãs, sejam os mais saudosistas ou os recém-chegados, é se RE7 realmente é um verdadeiro Resident Evil (o comentário mais comum que se ouve por aí, é que RE7 está copiando outros jogos que já foram criados com a premissa da câmera em primeira pessoa… Como se isso fosse algo ruim!). Pessoalmente, eu já achava o título bem fiel à essência dos primeiros jogos da série, ainda mais após ter testado a demo LANTERN durante a BGS deste ano. Porém, em uma oportunidade mais recente cedida pela Capcom no Brasil, pude testar a build mais recente do game.

Em cerca de 1h de jogatina, situada ali mais ou menos pelo começo da jornada do protagonista Ethan Winters; eu consegui sentir muito medo e muita tensão, consegui ver incontáveis elementos clássicos de volta (as save rooms com música temática, os baús conectados uns aos outros, as chaves especiais, as ervas, os puzzles, as armas, os mapas que precisam ser coletados, o inventário limitado, o backtracking, e por aí vai), vi com meus próprios olhos como o terror, a violência e o gore retornaram – desta vez, tomara que para ficar – e consegui ver que a trama parece muito bem elaborada, a ponto de me confundir através de files e de me prender através das pistas que eu ia coletando e costurando.

Some tudo isso a muitas referências nostálgicas ao longo dos cenários, e jogue uma pitada de novidade e modernidade, com gráficos riquíssimos e jogabilidade aprimorada e pronto, eis a fórmula de RE7.

Resident Evil 7

A famigerada câmera em primeira pessoa, aliás, mesmo parecendo oferecer uma visão muito mais limitada do que a habitual em terceira pessoa (ou por cima do ombro, nos jogos mais recentes), em nada me atrapalhou. Na verdade, esse novo tipo de perspectiva na franquia, em conjunto com as mecânicas simples (de movimentação, de exploração e de combate), traz bastante a sensação de se estar jogando um Resident Evil clássico, só que com a câmera atualizada.

Inclusive, tudo acontece em tempo real agora, e os momentos que exigem mais ação, é preciso ser rápido e conhecer bem os comandos no joystick, em prol de sobreviver ao perigo – eu mesma me dei muito mal em alguns momentos pela falta de familiaridade com o controle.

O som ambiente com toda clareza foi feito para ambientar o jogador no casarão dos Baker, e a todo momento, ao ouvir um ranger, vozes, passos ou qualquer outro ruído anormal, meu coração acelerava. As músicas, por sinal, agora tocam em momento específicos do game, e não mais o tempo inteiro, trazendo aquele sentimento de solidão e de isolamento – o som do vento na calada da noite será, uma vez mais, um dos nossos melhores amigos aparentemente.

Tudo isso, obviamente foi projetado para fazer com que os jogadores que escolherem jogar com a tecnologia VR, sintam ainda mais a imersão. Contudo, asseguro dizer que mesmo sem o aparelho, eu consegui me sentir muito bem na pele do protagonista.

Por fim, vale ressaltar que Resident Evil 7 tem tudo para ser excelente, se levar em conta tudo o que joguei nesta demonstração. Para um fã de primeira viagem, ele parece muito receptivo e chamativo, e para os fãs de longa data, parece um verdadeiro revival, um bom filho que à sua casa sempre retorna.

As impressões positivas que ficaram após ter testado essa build, fizeram com eu me sentir ainda mais animada e ansiosa para colocar minhas mãos na versão final de uma vez por todas, que chega a partir de 24 de janeiro para PC, Xbox One e PlayStation 4 (este último, possui suporte ao PlayStation VR).

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