Em mais uma prova de que permanece na contramão do mercado brasileiro, a Nintendo anunciou nesta sexta-feira (09) que não vai mais distribuir seus games e consoles oficialmente por aqui. Em comunicado à imprensa, a Gaming do Brasil, que prestava esse serviço, citou “desafios no ambiente local” como as razões para a mudança.

Entre os argumentos levantados pela empresa estão as altas tarifas na importação de produtos e ausência de uma planta de fabricação por aqui, decisão que já havia sido tomada pela distribuidora há alguns anos. Apesar da mudança nos trabalhos ligados ao Brasil, a Gaming continua sendo a representante da Nintendo para a América Latina por meio de sua empresa mãe, a Juegos de Video Latinoamérica. A mudança também não atinge o setor de assistência técnica, que continua pelas mãos da HG Digital Services.

Apesar da notícia triste, a própria distribuidora dá a entender que ela pode não ser definitiva. Como permanece ligada a nosso território e trabalhando nos países vizinhos, a Gaming diz que vai continuar a observar o mercado e, caso a oportunidade apareça, voltará a atuar no Brasil. Por enquanto, porém, todas as operações serão interrompidas.

É um fato lamentável, mas nada longe do esperado. O primeiro sinal de problema veio com Super Smash Bros. para Wii U e os Amiibos, artigos sem previsão oficial de lançamento mesmo depois de sua chegada ao mercado internacional. Quando questionada, a distribuidora dizia não ter uma data específica para chegada dos produtos ao país e pedia que os fãs ficassem de olho nas prateleiras dos varejistas, indicando uma distribuição longe de organizada.

Por outro lado, games como Bayonetta 2, também para o Wii U, e a versão Nintendo 3DS de Super Smash Bros. deram as caras por aqui no mesmo dia do lançamento internacional ou até antes, em alguns casos. O que de início pareceu um bom sinal, porém, acaba de se provar errado.

Apesar disso, é importante lembrar que nada impede que os games de Nintendo 3DS e Wii U cheguem ao Brasil pelas mãos de importadoras ou por meio do “mercado cinza”. A diferença, agora, é que a empresa permanece sem uma representação oficial no país, o que deve impedir a confecção de embalagens em português, por exemplo, além de praticamente extinguir o suporte oficial a eventos e divulgações dos novos títulos e produtos.

Enquanto isso, companhias como Ubisoft e Warner prosperam cada vez mais no mercado nacional por meio da presença maciça em grandes eventos de jogos e lançamentos que chegam por aqui no mesmo dia que nos EUA, mesmo enfrentando os mesmos problemas citados pela representante da Nintendo.

Via Judão.

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