Todo ano é a mesma coisa – com a chegada de dezembro, começa também a temporada de premiações, com veículos de imprensa, empresas e eventos marcando a entrega dos prêmios de melhor jogo do ano. O The Game Awards 2015 já rolou, e como a principal cerimônia, já elegeu o seu.

Prêmios desse tipo, porém, nem sempre correspondem à vontade da maioria, e dificilmente elegem unanimidades. Isso é particularmente verdade em 2015, que teve quase um candidato da GOTY por mês. Por isso mesmo, assim como no ano passado, em vez de um votação convencional, decidimos falar individualmente e apontar os nossos favoritos pessoais para uma estatueta que não existe.

Desta vez, convidamos também os nossos leitores e membros do grupo do NGP no Facebook para participar. O que você confere agora, então, são os melhores jogos do ano para nossa comunidade, e também uma boa lista do que teve de melhor neste 2015 que, finalmente, chega ao fim.

Escolhas da equipe

Edes WR – Batman: Arkham Knight

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2015 foi um ano bem complicado, com tantos títulos grandes e “pequenos” entregando grande parte da qualidade que prometeram e alimentando o hype que os envolvia. Ao mesmo tempo, um outro tanto de títulos pintaram uma imagem de si mesmos que acabou não atendida, em parte por nossa própria culpa, com as mais tenras expectativas que criamos.

Dito isso e colocando o lado fanboy de lado (Kojima <3), fico muito tentado em votar em Life is Strange, pela montanha russa de emoções que o game me fez passar. Porém, um outro jogo me entregou uma experiência mais completa e coerente, com seus personagens e objetivos, tropeçando em alguns exageros, mas, mesmo assim, se destacando ao meu ver como o jogo mais envolvente em relação a trama principal, missões secundarias, personagens, cenários e gameplay. Mais uma vez acreditei por algumas horas que “eu sou o Batman”. Arkham Knight é meu GOTY de 2015!

Durval Ramos – Life is Strange

Tivemos muita coisa boa em 2015. Jogos grandes, retorno de franquias de renome e conclusões de grandes sagas. Mas um game não se resume apenas ao seu histórico e muito menos ao seu porte. Às vezes, são em propostas menores que encontramos as maiores surpresas. E é exatamente por isso que Life is Strange é o meu jogo do ano, disparado à frente de qualquer outro lançamento.

Ele já tinha me chamado a atenção desde seu anúncio por conta do estilo visual e da trilha sonora, mas o que eu encontrei foi algo muito maior e mais impactante. Ele é diferente de tudo o que vimos por ter sido um dos poucos jogos do ano a lidar com questões mais humanas e que nos tocam. É claro que me envolvi na história de Max e Chloe. Torci por elas, me desesperei em várias situações e quis consertar aquele mundo várias e várias vezes. Mas o que faz de Life is Strange o game do ano é algo que vai além disso: é o quanto ele dialoga conosco.

Já falei isso várias vezes, mas nunca me canso de repetir que o maior trunfo do jogo foi saber lidar com emoções e sentimentos que são nossos. Eu me vi em Max em vários momentos. Na sensação de estar sempre deslocado, nas tentativas de me isolar do mundo para esquecer dos problemas e na sensação de impotência de diversas situações. São poucos os games que conseguem mexer tanto com você, ainda mais com tão pouco. Life is Strange é um título intenso e, mesmo com seus problemas, desponta como uma das melhores coisas de 2015 — e dos últimos anos.

Ulisses Lopes da Silva – Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

O melhor jogo do ano, épico, cinematográfico, revelador, polêmico, divertido e finalizando uma das sagas mais lendárias da história dos videogames. Sem falar da parte gráfica, sonora e story-telling, temos o modo online para cada um fazer seu próprio guerrilheiro e escrever sua história como militar sem-fronteira.

Diogo Fernandes – Bloodborne

Dos poucos jogos que 2015 me permitiu jogar, Bloodborne foi o que mais despertou a minha ansiedade em sofrer novamente no mundo do Miyazaki, por um motivo impensável que só jogando consegue-se entender: NÃO TEM ESCUDO MAS TEM GARRUCHA.

O novo jogo, ainda que possuindo todos os conceitos da série Souls, conseguiu entregar a inovação aguardada que talvez tenha faltado em Dark Souls II. Sobreviver apenas com o timing, esquivas e finalizações viscerais enquanto os adversários continuam a descer o porrete com a mesma alegria de antes é quase um incentivo a chegar ao final do jogo. E quem chegou lá, encontrou uma das batalhas mais cascudas e em um dos cenários mais bonitos dos primeiros jogos do PlayStation 4.

Felipe Demartini – Life is Strange

Quando fiz o vídeo acima, o título só havia sido lançado até o seu terceiro capítulo. Mas os motivos para a escolha continuaram os mesmos até o final, e apesar de alguns tropeços aqui e ali, não tem como não sentir com a saga de Max e Chloe. Um jogo tão simples e, ao mesmo tempo, uma das experiências mais profundas que já tive com um jogo.

Caio Vicentini – The Witcher 3: Wild Hunt

Apesar de todo o hype em cima de Fallout 4 e MGSV, eu enxergo nas aventuras de Geralt a experiência mais satisfatória em termos de enredo e gameplay. Todas as missões relacionadas ao Barão Sangrento são um exemplo de como um jogo é capaz de abordar assuntos delicados como aborto e relacionamentos abusivos, mas sem perder o devido respeito e maturidade que esse tipo de assunto exige. Algo muito raro de se ver numa mídia relativamente nova e ingênua como os jogos digitais, principalmente no segmento mainstream. A história é um pouco mais longa do que deveria, e acaba arrastando-se um pouco principalmente nas missões com Avallac’h em Skellige, mas o final, que traz as consequências de todas as suas ações ao longo da história, faz tudo valer a pena.

E nem começo a falar em todo o conteúdo gratuito que a CD Projekt vem soltando desde o lançamento, aumentando consideravelmente a longevidade do jogo com novas campanhas e novas armaduras para craftar. Que venha a nova expansão Blood and Wine em 2016!

Escolhas dos leitores

Lucas Rocha – Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

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É inegável que The Phantom Pain tem vários pontos negativos. A repetição de objetivos em várias missões, um Capítulo 2 vago com várias repetições, mas em uma dificuldade elevada, e um fim aberto, com ar de inacabado. Mas os pontos positivos, na minha opinião, se sobressaem e me fazem esquecer as falhas. As cutscenes magníficas, a jogabilidade perfeita, o sistema de evolução da base e, o que para mim foi um ponto positivo, o foco maior em personagens secundários, fazem dele um grande jogo e para mim o melhor do ano.

Guilherme Andrade – The Witcher 3: Wild Hunt

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Desde que joguei Red Dead Redemption, sinto um vazio de jogos fodas, mas não por que só tínhamos jogos ruins, muito pelo contrário, mas por que eu sou muito puxa saco do título zerar outro e dizer que é melhor. Isso até eu ingressar na geração passada e conhecer o majestoso e glorioso The Witcher – não apenas o game, mas a saga inteira, com livros e HQs. Com a chegada de The Witcher 3, finalmente essa ideia foi batida, devido à maestria da CD Projekt Red.

The Witcher 3, além de ser o jogo do ano para mim, talvez seja o melhor de toda minha vida. Não tem como descrever a maestria desse jogo, porque senão ficaria muito grande. Agora nasce uma nova era, zerar um jogo e dizer “TW3 é melhor” até algum jogo destroná-lo…

Thiago dos Santos – Life is Strange

Life is Strange

Nunca um jogo mexeu com as minhas emoções como ele. Com personagens que, de início, pareciam sem graça ou estereotipados, e que acabaram sendo bem mais profundos que o esperado, assustadoramente humanos e com uma história capaz de fazer você se importar com eles e tendo repercussões reais para suas escolhas. Mecânicas interessantes, um visual único e a coragem de lidar com temas que quase nunca vejo em jogos, como estupro, drogas, violência doméstica, entre outros. Me apaixonei por esse jogo que não parecia ter nada de especial e virou um dos mais marcantes da minha vida.

Guilherme Marques – Bloodborne

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Não sou de ficar preferindo um jogo a outro e comparando, porém, o que mais me agradou este ano foi Bloodborne. Quando penso em um game, imagino uma experiência completa, composta de gameplay, história, gráficos e tudo mais. E nestes quesitos, o título da From Software foi o melhor.

É claro para muitos que o gameplay da série Souls é ótimo e desafiante. Porém, Bloodborne trouxe uma nova velocidade aos combates, tornando o jogo menos enrolado. Tratando-se de um GOTY, é preciso haver comparação, e fica claro para mim que nenhum dos jogos da competição chegam perto da jogabilidade profunda e exploração de um cenário conectado e misterioso proporcionado por Bloodborne.

Cada arma utilizada é uma experiência nova, cada dungeon, cada tudo. Você pode zerar o jogo uma vez com cada arma, e será totalmente diferente em todas. Logicamente, existe o ponto negativo de seu baixo teor RPG, com poucos atributos e de fácil escolha para upar, mas sua
história e mistérios me fixaram muito mais profundamente. A experiência que Bloodborne proporciona é seu diferencial.

Neri Feitosa – The Witcher 3: Wild Hunt

Fenomenal é a palavra para o trailer e edição especial de Witcher 3

Este foi o único RPG que, mesmo depois de zerar, me deu vontade de jogar novamente. The Witcher 3 veio com todas as ideias mostradas em trailers, além de um gameplay fluído e belo. O trabalho de dublagem excelente deixou tudo ainda melhor e ele, sem dúvidas, marcou o meu ano.

Ismael Rudrigo – Resident Evil HD Remaster

Este, apesar de não ser um jogo de 2015, foi o melhor lançamento do ano. A sensação de jogar essa obra prima de uma das maiores franquias de Survival Horror da história dos games é simplesmente sensacional, principalmente para o secto de fãs que não teve a oportunidade de jogar o original no GameCube, no qual eu me incluo.

Vinicius Victorino – Life is Strange

Life is Strange

Escolho Life is Strange como meu jogo do ano de 2015 por sua experiência extremamente empática, que me fez questionar não somente minhas escolhas in game, mas também as da minha vida. Quem eu seria hoje se eu tivesse agido diferente? Minha vida seria realmente melhor se eu escolhesse outro caminho? Quais seriam as consequências de uma mudança? Seriam os poderes da Max uma maldição ou uma benção? Por todos estes questionamentos, pela experiência simples, inovadora e extremamente divertida de voltar e experimentar várias reações dos NPCs e pela grata surpresa que este jogo foi, ele é o meu favorito de 2015.

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