Senhor dos Anéis. Coração Valente. O Patriota. O Resgate do Soldado Ryan. Em minha infância, estes eram os filmes que intrigavam e muito a minha imaginação juvenil. Afinal, como muitos garotos, eu queria saber como era a adrenalina de estar em uma guerra. Queria estar ali, em meio ao fogo do inimigo; na adrenalina do combate de espadas; na ação frenética da defesa e do ataque.

Na época, foi uma espada de madeira forjada pelo meu avô que me nomeou cavaleiro e acabou com muitas invasões imaginárias de celtas e orcs… Mas, hoje, são os videogames que me colocam novamente neste papel de guerreiro.

O anúncio de For Honor, na E3 2015, reviveu o coração valente que estava adormecido em minha imaginação. Havia adrenalina até nos olhos dos desenvolvedores da Ubisoft enquanto eles apresentavam seu novo título. Ora, estamos falando de entrar com tudo em meio a um campo de batalha na Idade Média e combater com todas as armas brancas possíveis contra outros jogadores ao redor do planeta. E tudo isso em um videogame. Só faltou a pitada da realidade virtual para isso ser a combinação que o Maximilian de 10 anos sempre sonhou.

Sendo assim, com a chegada da mais recente fase de Closed Beta do game, o NGP — juntamente da minha criança interior — tiveram ambos a oportunidade de testar For Honor e contar como está este título da Ubisoft lotado de gritos nórdicos e zumbidos de espadas.

Atacar!

Vikings, samurais ou europeus. Antes de mais nada, For Honor te oferece a possibilidade de escolher uma facção para você entrar na grande guerra pela supremacia. A questão aqui é mais de gosto e afinidade, já que, lá pra frente, essas escolhas não irão afetar diretamente o seu gameplay.

No contexto geral, você participa de disputas de “2v2”, “4v4” e “domínio” contra as facções rivais — sendo este o mergulho definitivo em um campo de batalha. A vitória nesses modos garante pontos de experiência, novos equipamentos e dinheiro para recrutar novos guerreiros dos mais diversos estilos e armas. Aquela customização agradável que sempre incentiva a buscar itens melhores e mais poderosos.

Mas, além de tudo, a vitória nessas batalhas também garante pontos importantes para a sua facção estabelecer mais controle em territórios pelo mapa global. Um dos pontos mais interessantes em For Honor é mergulhar de todas as formas na guerra — seja ela em uma amplitude “global”, ajudando na conquista de territórios onde sua facção mais precisa, ou “local”, participando e batalhando ativamente junto de seus aliados dentro de um campo de batalha.

O modo domínio é o grande centro de adrenalina em For Honor. Afinal, você entra em um campo de batalha quase realista com dezenas de outros soldados controlados pelo computador. O objetivo aqui não é muito diferente de outros jogos multiplayer: domine pontos importantes pela região para aumentar a pontuação da sua equipe. Mas, no meio dessa festa violenta, há uma dinâmica interessante para esquentar ainda mais as coisas no coração da guerra.

É comum, dessa forma, que torres ou pontos isolados virem o foco entre os jogadores reais, travando batalhas solitárias de vida ou morte pela conquista temporária desses locais. Do outro lado, mergulhar na zona de batalha entre os soldados comuns também garante pontos importantes, principalmente se eles dominarem território com a sua ajuda.

A jogabilidade de For Honor também chama a atenção, ainda mais por ser realista. Escolher um soldado com uma espada grande tem suas vantagens de dano, mas a lentidão em efetuar o ataque entrega brechas para um adversário defender com um escudo, revidar com sua arma ou esquivar e acertar um ataque mais rápido. E essa batalha de ações e reações se potencializa em meio ao fervor de vários aliados e inimigos ao seu lado, já imaginou?

E, depois de algumas horas de jogatina e adrenalina, posso dizer que For Honor me nomeou novamente um cavaleiro. Um cavaleiro que, mesmo distante há tantos anos do seu imaginário infantil de guerreiro, está empolgadíssimo para saborear novamente os campos de batalha medievais.

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