Durante o seu anúncio na E3 2016, “Steep” chamou a atenção não apenas por se tratar de um título de esportes radicais em mundo aberto, mas principalmente, por ser um ponto fora da curva, em um momento oportuno e, por tabela, conseguindo se destacar em meio a um mar de tantos outros títulos de ação e/ou de tiro. Desenvolvido e distribuído pela Ubisoft, o game esteve presente na Gamescom 2016, e pouquíssimo tempo depois também passou pela BGS 2016, trazendo ao público e à imprensa nacional a mesma demonstração do evento anterior.

Por sinal, na amostra a que tivemos acesso durante a feira, havia três modos de jogo disponíveis: esqui, wingsuit e snowboard. Assim que um dos assistentes do estande me posicionou na estação para que eu testasse Steep, percebi que a distribuição dos botões era simples e fácil, mas requer certa atenção para entender como funciona; coisa que é difícil de conseguir manter em meio a um evento recheado de pessoas, de atrações, de movimento constante e, principalmente, de barulho. Felizmente, existiam headphones, então a concentração logo tomou forma e a compreensão dos comandos floresceu rápido.

Para trocar de tipo de jogo, basta apertar um dos gatilhos do joystick e as quatro opções do game irão aparecer (infelizmente, paraglide não estava disponível). Ainda assim, tive dez minutos para testar a demonstração, e foi tempo mais do suficiente para verificar como funcionam as outras três modalidades. Todavia, não basta apenas alternar o esporte; é preciso também explorar um pouco as regiões montanhosas dos Alpes e do Alasca, e encontrar os locais onde existem missões/desafios, trilhas apropriadas, pontos de interesse, lugares para executar o fast travel e até mesmo as zonas mortas da área. A visão dos cenários, inclusive, é extremamente bela – e isso se aplica não apenas quando você está analisando o mapa, mas também durante o jogo.

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A visão em primeira pessoa ficou de fora dessa vez, e os controles do personagem em terceira pessoa são um pouco difíceis de dominar – no sentido de que os comandos são bastante sensíveis. Não consegui averiguar se há como diminuir essa sensibilidade nos botões, mas até que eu pegasse o jeito da coisa, houveram diversas tentativas e erros (o jogo dá a opção de recomeçar a missão infinitamente). Algo que me fez esquecer esta tarefa, porém, foi a trilha sonora. Assim que o desafio tem início e o personagem mergulha montanha abaixo, o som da fina e fria corrente de ar desaparece, dando lugar para uma música licenciada frenética, agitada e propicia para a situação, repleta de adrenalina.

Falando sobre os esportes em si, todos eles possuem desafios específicos dependendo do trecho da montanha que você escolher. Com o snowboard e o esqui, por exemplo, eu consegui apenas testar missões que se resumiam a alcançar a linha de chegada em um tempo determinado, e no caminho, havia a opção de fazer manobras para agregar ainda mais pontos – elas, aliás, alternavam de acordo com a posição que eu deixava o analógico. Com o wingsuit, o desafio era, por sua vez, fazer o máximo de pontos possível dentro de um determinado trajeto, o que exige que o jogador se aventure o máximo possível perto do chão, e consiga desviar de obstáculos rochosos com precisão.

Entretanto, há algo que todas as missões têm em comum: logo que o desafio se inicia, um personagem fantasma irá percorrer o caminho junto ao seu, em prol de aumentar o desejo pelo auto superação; e, além disso, uma linha imaginária é traçada ao longo do trajeto, para incitar um desafio ainda maior, uma vez que é difícil percorre-la de maneira perfeita – mas não impossível, o que obviamente requer muita prática.

O game é muito focado no multiplayer online e na competição em torno disso. Obviamente, é possível jogar sozinho, mas a graça aparentemente está em desafiar e superar seus próprios limites ao lado de outros jogadores. Existe ainda a possibilidade de gravar vídeos e/ou capturar screenshots de momentos específicos do game (desde manobras executadas com louvor, trilhas percorridas perfeitamente, e até tombos catastróficos), e compartilhar essas mídias com o mundo.

De acordo com a Ubisoft, haverá quatro tipos de jogo: o Explorador, que permite ao jogador andar o mundo e descobrir novos e escondidos desafios e localidades; o Freestyler, que foca no quão bem e precisos os truques radicais são executados; o Bone Collector, que recompensa o jogador pelas batidas e erros mais ridículos; e o Freerider, que é uma mistura de todos os outros três estilos.

Steep chega em dezembro de 2016 para PlayStation 4, Xbox One e PC.

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