O “caso Lucky Chloe”, uma das personagens inéditas de Tekken 7, é uma prova recente do funcionamento atual da internet. Anunciada por Katsuhiro Harada, a moça com orelhas e patas de gato foi extremamente criticada por trazer clichês japoneses óbvios e pouco inspirados. O produtor, então, revelou que ela seria exclusiva para territórios europeus e asiáticos, o que gerou, então, o efeito contrário: agora, as reclamações eram em relação à exclusão da protagonista.

Um mês depois, Harada volta à carga afirmando que tudo não passou de uma brincadeira sarcástica. Segundo ele, as declarações vieram como uma resposta à altura da enxurrada de spams e declarações de ódio, incluindo palavras chulas, que surgiram após a revelação de Lucky Chloe. O produtor cita o site IGN como um dos que iniciaram esse movimento por, simplesmente, não terem lido na íntegra sua mensagem original sobre o assunto.

Na ocasião, Harada fez declarações que deixaram muitos ocidentais raivosos e digitando sem parar. Ele afirmou, por exemplo, que Tekken 7 terá um personagem dedicado exclusivamente ao público americano, careca e musculoso, utilizando armas ou lutando MMA da forma como os ocidentais mais gostam. Além disso, disse que a opinião dessa parcela de público sobre Lucky Chloe não tem valor, já que ela foi feita justamente para refletir a cultura japonesa, assim como Shaheen, por exemplo, que faz o mesmo pelo povo árabe.

Esclarecendo a questão, o produtor disse que a ideia é que todos os jogadores tenham exatamente a mesma experiência com Tekken 7, e que em nenhum momento existiu, de verdade, a ideia de restringir personagens a certos territórios. Essa é uma das premissas básicas desde o primeiro game da série e, afirma Harada, não é essa torrente de ódio e mimimi que vai mudar isso.

O jogo chega aos fliperamas japoneses em março deste ano. Depois, deve dar as caras também no Xbox One e PlayStation 4.

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