Há algumas semanas, aqui no NGP, voltamos ao passado com Duke Nukem 3D: Megaton Edition. Além de um gameplay ao vivo do jogo e de uma análise completa, o game também vai dar as caras aqui na minha coluna pois ele me permite falar de “Evil Dead” – também conhecido no Brasil como “Uma Noite Alucinante”. E sempre, em qualquer ocasião, é preciso falar dessa fantástica franquia de filmes de terror (ou terrir, caso fosse o Mauricio de Souza escrevendo esse texto).

A pérola independente lançada por Sam Raimi em 1981, praticamente com recursos próprios, deu origem a três sequências, um reboot (que eu tenho certeza que é, na verdade, mais uma continuação) e diversos livros e jogos. Mais do que isso, influenciou muitos personagens reconhecidos da mídia, como o próprio Duke.

Evil Dead

Muitas de suas frases clássicas, como “Hail to the King”, que dá título a este post, e “who wants some?” (“Vem que tem” é a uma tradução melhor que o sentido literal da frase) são proferidas por Ash Williams, o herói da saga. Mais especificamente, em “Uma Noite Alucinante 3”, quando a franquia abraçou definitivamente a galhofa e mandou seu herói em uma viagem no tempo para a Era Medieval, onde ele explode a Excalibur com um tiro de escopeta e mostra que nenhuma armadura ou honraria é páreo para a boa e velha porrada.

Durante toda a franquia, Ash se vê envolto pelas criaturas do inferno liberadas pela leitura do Necronomicon, um livro escrito com sangue humano, com páginas de pele. E é ele próprio que libera os monstros, sem querer, ao encontrar o artefato em uma cabana isolada na floresta, onde ele estava apenas para passar pequenas férias com sua namorada.

O que se segue é uma matança desenfreada de gente possuída, com direito a desmembramentos, litros e litros de sangue e até criaturas gigantes. Em um dos momentos definidores do personagem, Ash tem sua mão direita possuída pelo Necronomicon e é obrigado a cortá-la fora, sozinho, com uma faca elétrica. Pouco a pouco, ele descobre um instinto de violência que não sabia ter, ao lado de pouca delicadeza no combate, tudo pincelado por muito bom humor e uma atitude de motherfucker.

Vale a pena assistir aos três filmes originais – e inclusive ignorar a bagunça cronológica, que faz com que o segundo, na verdade, seja como um remake do primeiro, e não uma continuação. Se você gosta de terror dos anos 80 e 90, isso é praticamente uma obrigação. Caso prefira coisas mais recentes, comece pelo reboot de 2013, que apesar não ser protagonizado por Ash, recontou a história com bastante respeito e pode servir para que você se interesse pelos outros.

(Em tempo: Ash é um de meus personagens preferidos em qualquer mídia. Sim, é um boneco dele que aparece na estante atrás de mim durante os gameplays. E é a ele, também, que me refiro quando digo que odeio a Idade Média com todas as minhas forças.)

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