Para mim, Far Cry 3 é um dos jogos de tiro mais sensacionais da história recente e também o melhor game de 2012. Mas ele, sim, tem suas falhas, e elas incluem um subaproveitamento do vilão Vaas e a presença de um protagonista douchebag, fazendo com que o jogador não se importe com ele e os amigos a serem resgatados, que deveriam ser o principal foco de tensão do título. E foram esses problemas que a Ubisoft diz ter observado na hora de produzir o quarto game da série.

De acordo com o roteirista C.J. Kershner, a empresa levou todas as críticas em conta e, agora, está pronta para fazer a coisa certa. Em Far Cry 4, o protagonista volta a Kyrat para realizar o desejo da mãe em seu leito de morte e despejar suas cinzas na cidade-natal. Ele acaba envolvido com o próprio passado e a ditadura do vilão principal. “Nosso [personagem] não é um salvador nem o típico mauricinho. Ele não está tentando ajudar ninguém”, explica ele, em entrevista ao Polygon.

De acordo com o roteirista, foi esse objetivo bastante humano e pessoal que chamou sua atenção no projeto. Tudo se tornou ainda mais profundo quando o próprio pai de Kershner faleceu, e ele passou por uma experiência semelhante ao espalhar as cinzas. Assim, estava criada a conexão entre o protagonista e seu criador, algo que, para ele, ajudou a história de Far Cry 4 a ser superior à anterior.

Apesar disso, o escritor pondera que é a jogabilidade quem guiou o desenvolvimento do novo game. Foi ela quem levou à escolha do cenário, dos animais vistos, armas utilizadas e todos os outros recursos. A história, então, veio por último, de forma a ligar todas essas coisas e transformar o conjunto em algo de significado para os jogadores.

Far Cry 4 chega em 18 de novembro para PC, PlayStation 4, Xbox One, Xbox 360 e PS3.

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