Já pensando em FIFA 15 e em busca de uma comunidade mais sadia, a Electronic Arts anunciou um novo conjunto de normas para punir os trapaceiros do modo Ultimate Team. Mais do que isso, a ideia é dificultar a vida dos hackers e impedir que o uso de bots e outros sistemas automatizados sejam utilizados por gente mal intencionada.

Essa é uma prática que vem causando problemas até mesmo para a própria EA Sports. A compra e venda de jogadores por meio do aplicativo online de FIFA Ultimate Team, por exemplo, está indisponível desde maio deste ano, após diversos problemas causados pelo alto tráfego de robôs. Eles, que segundo a empresa, geravam sozinhos um stress no servidor quatro vezes maior que todos os jogadores unidos, eram os principais responsáveis pelas quedas de conexão e instabilidade geral do serviço.

A ideia dos hackers é simples, mas conta com programação sofisticada. Os bots “farmam” moedas virtuais no game, comprando e vendendo itens automaticamente e realizando ações sucessivas. Na sequência, esse dinheiro virtual era vendido em sites especializados por notas de verdade, compradas por jogadores que queriam obter vantagens escusas no título.

Acabando com essa prática, a EA pretende fechar o cerco sobre o que vinha sendo chamado de “mercado negro” de FIFA Ultimate Team. Para isso, a empresa montou um time de segurança que não apenas vai tornar a vida dos hackers mais difícil, mas também punir jogadores que utilizem tais práticas.

EA vai banir quem trapacear em FIFA Ultimate Team

O sistema funciona na base dos três strikes. Quem for pego promovendo serviços ilegítimos de compra de moedas, comprando-as ou de posse delas receberá três alertas. O primeiro é um aviso, que vem por email e pelo próprio game. O reincidente terá sua conta no Ultimate Team resetada e, caso seja detectado mais uma vez, será banido permanentemente de FIFA.

Os bots e responsáveis por vender ou “farmar” moedas encaram uma pena ainda mais grave. Basta um único strike para que o usuário seja banido permanentemente não apenas do game de futebol, mas de todos os títulos da Electronic Arts. Além disso, a empresa está estudando ações legais contra os sites do tipo, mas admite que as atitudes contra eles fora do mundo virtual podem ser complicadas de se tomar.

A companhia pede ainda que os jogadores ajudem no trabalho de moderação denunciando usuários suspeitos. Mais do que isso, ela quer que YouTubers patrocinados por serviços do tipo também sejam indicados, para impedir a propagação desse tipo de site. Por fim, ela alerta para os riscos envolvidos na prática, como o roubo de dados e credenciais de conta.

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