Os Amiibos chegaram ao mercado no dia 21 de novembro, mas em termos de game, ainda não mostraram tanto a que vieram. E essa, realmente, nem é tanto a intenção da Nintendo neste primeiro momento que, com um de seus principais lançamentos para o final ano ano, faz uma volta ao passado e retorna ao mercado dos brinquedos.

As figuras colecionáveis aterrissaram no mercado com sua primeira linha inspirada no elenco de Super Smash Bros. Mas mesmo para quem não gosta do mais recente game de luta da empresa – ou tem um Wii U – os bonecos têm valor já que, ao se aproximar deles, dá para perceber que eles provavelmente são um dos melhores produtos licenciados para quem gosta de ter personagens na prateleira.

A grande impressão que se tem em relação aos bonecos é que eles são extremamente robustos. Mesmo aqueles mais frágeis, como Link, por exemplo, não passam a impressão de que eles podem se quebrar a qualquer momento. Não existem partes móveis nem articulações e, apesar de não serem inteiriços, os bonecos são firmes na base e bastante fortes.

Tivemos contato com as figuras de Link, Kirby e Donkey Kong para realizar essa análise, todas parte da primeira linha de Amiibos. Elas são muito bem acabadas, com a pintura bem aplicada, sem marcas ou imperfeições. A única exceção, aqui, foi o Herói de Hyrule, que é “vesgo”, como dá para ver em uma das imagens da galeria acima. No restante, tudo perfeito e exatamente como mostram as imagens de divulgação.

Com tamanhos que variam dos 6 cm a 10 cm, os Amiibos seguem a escala que vimos nos games. Ou seja, personagens grandes, como o gorilão Donkey Kong, são maiores que bichinhos como Kirby ou Pikachu, por exemplo. Quando colocadas lado a lado, porém, todas formam um conjunto harmonioso, mesmo com toda a diferença de cores, modelos e posições.

Eles ainda carecem de funções para quem quer usá-los com games, porém. Super Smash Bros. é o que traz elementos mais avançados, permitindo que o usuário salve seu progresso, personalizações e estilo de lutar na memória do Amiibo, podendo até lutar contra uma versão de inteligência artificial de si mesmo.

Em Hyrule Warriors, quem tiver Link pode liberar uma arma especial, enquanto em Mario Kart 8, todos os personagens liberam roupas especiais para serem usadas pelo Mii do jogador. E é isso, já que estes são os únicos games que, por enquanto, suportam os Amiibos. No Nintendo 3DS, além disso, a utilização deles ainda não é permitida. Em ambos os casos, porém, a “Big N” promete expandir a utilização e tornar os bonecos não apenas peças muito bonitas de se ter na prateleira, mas também, parte integrante de seus jogos.

Amigo e rival: o preço

Mas a grande vantagem dos Amiibos, na realidade, são os preços. Nos Estados Unidos, os bonecos têm preço oficial de US$ 12,99, cerca de R$ 35, mas quase nenhuma loja os vende por esse valor. Com pequenas promoções, dá para encontra-los por até US$ 10. Isso, claro, nos EUA, já que aqui, a coisa é bem diferente.

Oficialmente, ainda não existe data de lançamento dos Amiibos no Brasil. A Nintendo afirma apenas que eles estão vindo e, assim como no caso de seus jogos, pede que os fãs fiquem de olho nas varejistas. Enquanto isso, a única opção é importar e, levando em conta o preço de fretes e os absurdos impostos embutidos nesse tipo de produto, as figuras de R$ 35 podem, muitas vezes, acabarem saindo por mais de R$ 100.

Mini-análise: Amiibos

No “mercado cinza”, a situação é semelhante. Motivados pelo lucro fácil e pelo amor dos fãs, alguns lojistas chegam a vender os Amiibos por R$ 150, enquanto outros, com contatos e um bom senso bem maior, praticam preços entre R$ 50 e R$ 60. No segundo caso, os bonecos esgotam rápido por serem, exatamente, o menor valor que se pode pagar pelos Amiibos no Brasil.

A questão é que, mesmo por R$ 100, a compra vale a pena. Bonecos com qualidade semelhante aos oficiais da Nintendo custariam normalmente essa faixa de preço e, em muitos casos, não seriam tão bem-feitos ou interessantes. As figuras compensam o valor, mas o que o usuário precisa pensar é se está disposto a pagar mais do que o dobro do valor oficial delas devido a políticas de importação e tributação que, simplesmente, trabalham contra o consumidor.

Lá fora, eles são baratos até demais para a experiência que proporcionam, o que está levando muitos a, inclusive, desaparecerem das prateleiras sem que a fabricante consiga dar conta da demanda. E é nesse ensejo que se segue uma das discussões mais antigas do mercado nacional de games, em relação aos impostos, cujas mudanças ainda parecem uma realidade bem distante.

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