É hora daquela mistura de sentimentos. A E3 2015 fechou suas portas nessa quinta-feira (18) e deixou para trás um legado de lembranças, memórias e momentos constrangedores. Foi a feira dos sonhos realizados, a das conferências estreantes, a dos grandes blockbusters e dos momentos insuportáveis.
Agora, todo mundo está olhando para trás para saber quem ganhou, quem perdeu, o que foi bom e o que foi extremamente zoado. Nós, do NGP, também estamos fazendo isso e, agora, apresentamos aqui as escolhas de alguns dos membros da equipe para os melhores e piores momentos da E3 2015.
Felipe Demartini
O melhor – o caminhão de emoções da Sony
https://www.youtube.com/watch?v=5hvNLWPDbHk
Eu falo demais, quem me conhece sabe disso. Por isso mesmo, me deixar sem palavras não é nada fácil, mas foi exatamente isso que a Sony conseguiu em sua conferência ao apresentar, em um intervalo de horas, três dos maiores sonhos dos jogadores de todo o mundo. The Last Guardian está vivo, o remake de Final Fantasy VII vai acontecer e, o melhor de todos, Shenmue finalmente vai ganhar seu terceiro capítulo.
Nunca joguei ICO, mas sei da genialidade de Fumito Ueda. Não gosto de RPGs, mas reconheço a importância de Final Fantasy VII não apenas para o gênero, mas também para a indústria como um todo. Mas, mesmo assim, não tem como não ficar feliz com as revelações dessa E3. É um ótimo momento para ser um gamer.
O pior – a trollada da AMD e da PC Gamer
https://www.youtube.com/watch?v=p7S53oFkmMQ
Foi anunciado como uma conferência, mas não era. Deveria começar às 21h, mas os trabalhos foram abertos uma hora depois. A apresentação de PC Gaming, que deveria marcar a primeira vez que os computadores ganhavam um espaço dedicado única e exclusivamente a eles na E3, foi marcada por muita vergonha alheia, jogos que ninguém se importa e nada daquilo do que era esperado.
Rolaram, sim, alguns anúncios e novidades, mas tudo isso ficou soterrado em meio a jabás gigantescos da AMD, que ocuparam mais espaço que muitos jogos, e trailers que todos já haviam visto antes. Um apresentador que se achava o engraçadão tentava interagir com uma plateia insossa e convidados claramente desconfortáveis. Uma tortura que durou quase três horas e conseguiu fazer com que a conferência da Sony LATAM e seu tradutor simultâneo fossem os grandes destaques da noite de terça.
Mas tudo tem seu lado bom. Pelo menos, daqui, nasceu uma nova edição do NGP Live.
Caio Vicentini
O melhor – Fallout 4
Sei que muitos vão falar do festival de emoções que foi a conferência da Sony, então vou escolher outro favorito meu. Sendo uma das minhas séries de RPG que mais joguei, não pude deixar de ficar ansioso e até um pouco preocupado com a quantidade de promessas feitas para Fallout 4. São muitas mecânicas diferentes com focos variados, mas tenho fé de que a Bethesda usou o tempo de produção para refinar tudo isso. E se cumprirem, provavelmente, esse seraáo assassino da minha produtividade nesse final de ano
O pior – jogos mobile da EA
Entendo que o segmento de jogos mobile é lucrativo e o porquê de empresas grandes como a EA quererem uma fatia desse bolo, mas jogos mobile, licenciados ainda por cima, não precisam de um espaço como a E3 para angariar a boa vontade de quem jogará.
Diogo Fernandes
O melhor – Nintendo e sua “transformação”
https://www.youtube.com/watch?v=8AVInuNhcPc
Essa E3 teve a manha de transformar uma segunda-feira no melhor dia do ano até hoje. Mas fpo a terça feira que realmente me empolgou e não por uma coisa inteiramente boa. Durante a conferência da Nintendo, que me criou uma necessidade monstruosa de ter todos os três Muppets e o Wooly Yoshi Amiibo, foi o discurso do Reggie que mais me chamou atenção.
A “Big N” reconhecer que precisa de uma transformação é o primeiro passo para ajeitar a casa. Mesmo que isso talvez deixe os fãs, donos do Wii U, apreensivos com a desconfiança da obsolescência prematura do console, algo precisa ser feito. Torço muito que em 2016 a conferência da Nintendo nos deixe satisfeitos em ver que a empresa se prepara para nos trazer boas novidades e que volte a ter um papel de maior relevância, ao menos para dar um shiu nas third party e dizer: “Ei, pode vir fazer jogo de gente grande aqui também!”
O pior – conferência de PC Gaming
A expressão de desconforto de Phil Spencer ao sentar no Sofá do Teraflop, junto ao tiozão animado ao passar trailer de jogo de caminhão numa E3. Foi uma mistureba de não saber onde enfiava a minha cara com “pelo amor de Deus, acaba logo com isso”.
Jessica Pinheiro
O melhor – The Last Guardian, Final Fantasy VII, Shenmue III e a retrocompatibilidade
A cartada da Sony em trazer à luz títulos que pensávamos que jamais veríamos novamente, como o Last Guardian, Shenmue 3 e o remake de FF7 – este inclusive, sendo o responsável por fazer a mídia dentro e fora da comunidade de jogos perder a cabeça, hahaha! Além disso, vale citar também o anúncio de que a Microsoft que trará de volta a retrocompatibilidade para o atual console deles, agregando isso até mesmo ao Kinect. <3
Momento “menos melhor” – a falta de cenas de jogabilidade
Justamente quando tivemos tantos anúncios bombásticos, trailers irados e vídeos de jogos há muito tempo desejados; todos vieram sem gameplay ou algo além de um teaser. Embora esses anúncios tenham nos dado esperança e um novo fôlego, ficou a sensação de que faltou algo ainda. Ou então eu que sou ansiosa demais e quero tudo pra ontem (risos).
Ana Cruz
O melhor – conferência da Sony
Todas as conferências que tiveram na segunda-feira (15) foram ótimas, mas não tem como eu não deixar de citar a Sony. Ela fez meu coração bater mais forte, primeiro com The Last Guardian, onde finalmente vimos que o game ainda vive e que vai sair um dia. O remake de Final Fantasy VII fez a adolescente, que jogou no ano 2000, pular de alegria. O gameplay (mesmo que bugado) do Uncharted 4, que me deu vontade de jogar toda a série de novo. E falar que eu gostei do que vi sobre Street Fighter V, é chover no molhado.
O pior – a maldade de Durval Ramos
Na quinta-feira (18), abro o Facebook e vejo uma mensagem do queridíssimo Durval Ramos, que dizia apenas “Abs”. Em anexo, uma foto de um pôster do Ryu, autografado pelo Yoshinori Ono. Achei o pôster lindo? Sim. Fiquei com inveja? Lógico! Durval me daria o pôster? Não, porque, como ele mesmo disse, vai para a parede dele.
Isso me lembrou do Kiko mostrando seus brinquedos ao Chaves, que fica com inveja. Só faltou ele falar: “Você quer? Compra!”. Deixo aqui registrado a maldade que ele fez comigo. Deus tá vendo isso, senhor Durval.
Edes WR
O melhor – Horizon: Zero Dawn
Entre anúncios bombásticos e meus gritinhos histéricos, a E3 2015 não poderia ter tido maior oscilação entre altos e baixos, na minha opinião. Deixando de lado o óbvio (Sony ganhando a internet no grito, como bem exemplificou a Jessica, acima), como melhor momento da E3 escolho o anuncio de uma nova IP que veio do nada, de um estúdio que eu nunca dei a mínima, que é a Guerrilla games.
Horizon: Zero Dawn me impressionou com gráficos dignos da atual geração (um abraço para Fallout 4), um gameplay que espero de coração que seja real e não escriptado, além de uma premissa interessantíssima onde a humanidade regrediu depois de algum cataclisma e as máquinas evoluíram de modo a dar origem a inúmeras raças de “animais mecânicos”.
Minha cabeça entra em parafuso só de imaginar as possibilidades, além, é claro, de trazer uma protagonista feminina e bem marcante para um primeiro momento. Menção honrosa à revelação emocionada do game de plataforma Unravel e seu carismático protagonista Yarny.
O pior – conferência de PC Gaming
Agora, se eu achava que nada poderia ser mais chato e burocrático do que a apresentação da Square Enix, a pseudo-conferência PC Game Show foi sem propósito e de um mal-gosto inigualável. Não tenho palavras para descrever o quão desapontado fiquei por terminar a E3 2015 com um gosto tão amargo na boca.
Escolha dos leitores
O melhor – Remake de Final Fantasy VII
O pior – Conferência de PC Gaming
A votação foi realizada pelo grupo do NGP no Facebook, onde você também deveria entrar 😉
E para você? Quais foram os melhores e piores momentos da E3 2015?