O lançamento de Pro Evolution Soccer 2019, mesmo com alguns problemas, causou dor de cabeça nos “Fifeiros” de plantão, principalmente quando ex-jogador e YouTuber Wendel Lira disse que a edição desse ano é o pior jogo de futebol já feito em toda a história. Jogando, porém, dá para perceber que isso é um exagero.
Uma das principais reclamações dos fãs com o novo game é a falta de novidades, tanto em gráficos como em jogabilidade. Quem, assim como eu, não jogava um título da série há algum tempo, vai perceber desde o início o título já pode ser visto como uma boa opção para se divertir com os amigos. Mas, mais do que isso, me saí melhor com a edição atual pela jogabilidade mais rápida, ainda tentanndo ser realista.
Podemos considerar que a partida entre FIFA 19 e PES 2019 é um empate no placar de 2×2. A licença da UEFA permitiu que o game da EA Sports começasse com uma bela abertura e a música icônica da Champions League, o que deu pontos a ele, além de os jogadores estarem com uma aparência melhor do que o rival da Konami. Entretanto, em relação aos estádios, gramados e uniformes, o vencedor é o Pro Evolution Soccer, que tem tanto detalhe a ponto de podermos ver o tricô nas meias dos jogadores.
O ex-jogador e YouTuber Wendel Lira disse que FIFA 19 é o pior jogo de futebol já feito em toda a história. Jogando, porém, dá para perceber que isso é um exagero.
Nos controles, apenas uma certa dificuldade em bater faltas, enquanto alguns elementos são novidades. No modo Jornada, por exemplo, temos a continuação da história de Alex Hunter (e você pode ter que procurar edições anteriores para saber o que aconteceu no caminho até FIFA 19), mas também um pouco mais de exploração do futebol feminino com a irmã dele, Kim Hunter.
A modalidade é um dos pontos altos de FIFA 19, pois exige mais habilidade que o frenesi masculino. O único erro é ter jogadoras fictícias nas seleções, o que é grave, já que só na seleção brasileira temos Marta, que foi eleita a melhor do mundo seis vezes, entre tantas outras jogadoras muito habilidosas. Lamentável!
O modo carreira tem uma dificuldade alta, mesmo com a dificuldade no semi-profissional. Isso acontece não por conta dos jogos em si, mas sim no sistema de contratação, que muitas vezes impede lances pelos jogadores melhores. Ter nomes como Mbappe ou Salah em seu time é tarefa praticamente impossível.
Depois do lançamento, a EA disponibilizou um patch de atualização para corrigir falhas de interface e na disponibilização de recompensas, como o saldo de moedas que não era atualizado. Bugs em animações e problemas na personalização de Alex Hunter também foram arrumados, mas, principalmente, os defeitos na jogabilidade, como nas faltas e chutes ao gol.
Convenhamos, por mais que o trabalho seja positivo, a exigência de um patch para consertar erros em aspectos desse tipo é tensa. Estamos falando de elementos centrais em uma partida de futebol.
FIFA 19 sofre com os mesmos defeitos de seu rival, PES, na falta de novidades e gráficos similares. Os fãs mais assíduos poderão torcer o nariz, mas quem não tem muito contato com esse tipo de jogo pode adquiri-lo para uma jogatina de muita diversão.
O jogo foi analisado no PlayStation 4, em cópia cedida pela Electronic Arts.