Os números são um bocado impressionantes. Desde 2014, quando entrou no ar, o NGP deu nota 10 para apenas nove jogos. Desse total, nada menos do que quatro graduações máximas foram concedidas a títulos que saíram desse ano, uma demonstração mais do que forte de que 2018 foi o período mais importante da atual geração de plataformas.
Mais do que marcado pela chegada de blockbusters esperados, o ano que agora chega ao fim também serviu para enaltecer os games independentes. Entre as impressionantes nove notas 9,5 concedidas em 2018, dois títulos com presença brasileira: Horizon Chase Turbo, desenvolvido pelos nossos conterrâneos da Aquiris, e Celeste, que chegou a ser indicado no The Game Awards como um dos melhores do ano e tem arte criada pela dupla Amora Bettany e Pedro Medeiros.
Infelizmente, como nem tudo é perfeito, 2018 trouxe também suas decepções e títulos simplesmente abissais, daqueles que a única recomendação a ser feita é “não jogue”. E, assim como no topo do ranking, grandes empresas também marcaram presença aqui, com nomes como Bethesda e Square Enix aparecendo como responsáveis por alguns dos piores jogos do ano.
Como sempre fazemos, reunimos aqui as maiores e as menores notas de 2018 no NGP. Nos links, você acessa as análises completas dos títulos, publicadas na época de seus respectivos lançamentos.
Maiores notas de 2018
Shadow of the Colossus (Remake)
Nota 10
“Ao refazer Shadow of the Colossus, a Bluepoint Games escreve uma verdadeira cartilha sobre como respeitar o caráter eterno de títulos do passado, mantendo-os irretocáveis ao mesmo tempo em que novidades são adicionadas de forma a tornar todo o conjunto ainda mais interessante. É um exemplo de adoração e, ao mesmo tempo, adequação. O que se criou aqui é o parâmetro pelo qual gostaríamos de ver todos os remakes sendo realizados daqui em diante.”
Life is Strange: Before the Storm – Despedida
Nota 10
“Despedida termina Life is Strange: Before the Storm de maneira gloriosa e extremamente marcante. Max e Chloe crescem em relevância, influência e se tornam mais do que inesquecíveis, principalmente para os fãs. Todo mundo passa por perdas na vida e a história delas poderia ser muito bem a sua ou a minha.”
God of War
Nota 10
“Além dos gráficos estonteantes e da jogabilidade precisa e fluida de que falaremos mais adiante, o que brilha mais no novo God of War também é aquilo que o torna mais relevante do que nunca. Arrancar a cabeça de gigantes é fácil; complicado mesmo é mostrar carinho por Atreus, seu filho, em um momento de dificuldade. E é justamente por meio dessa humanidade recém-adquirida que Kratos, de Deus da Guerra, acaba se tornando gente como a gente.”
Red Dead Redemption II
Nota 10
“A somatória de anos de experiência da Rockstar nos trouxe até aqui, para Red Dead Redemption II e um dos universos mais complexos e gigantescos criados em um video game. Ele atende a todos, esteja você vindo atrás de uma boa história, um ótimo game de tiro, minigames interessantes para passar o tempo ou, simplesmente, visuais incríveis para descansar os olhos. Não há nada que não seja, pelo menos, ótimo.”
The Red Strings Club
Nota 9,5
“Um mundo cyberpunk, um bar antiquado e relacionamentos complicados. The Red Strings Club é um jogo com uma sensibilidade carinhosa e decisões analíticas, que fala de destino, sobre tentar entender o mundo e as pessoas. Tudo está ali para dizer a você que, às vezes, amar e mudar as coisas interessa mais.”
Celeste
Nota 9,5
“Celeste é um jogo implacável. Apenas durante a primeira hora de jogatina, seu contador de mortes deve chegar rapidamente à marca das 100, continuando a subir em altíssima velocidade. E você, com certeza, não vai querer parar de jogar.”
Horizon Chase Turbo
Nota 9,5
“Mais do que uma remasterização, relançamento ou “requalquer coisa”, Horizon Chase Turbo representa o apogeu de um título. É a Aquiris apresentando o potencial máximo de sua criação e, mais uma vez, mostrando que não basta apenas referenciar o passado e ser nostálgico – o que realmente faz um game ser lembrado pelas pessoas é sua personalidade própria. E, aqui, temos isso de sobra.”
Moonlighter
Nota 9,5
“Tendo muita inspiração no mangá “Magi: O Labirinto da Magia”, Moonlighter traz de volta a emoção de combater em masmorras em busca de lendários tesouros, mas com o gameplay clássico de The Legend of Zelda: The Minish Cap.”
Shape of the World
Nota 9,5
“A Hollow Tree Games teve um plano muito específico em mente: fazer um jogo usando o que há de mais bonito nas formas e cores, com um cenário que mudasse durante a caminhada do jogador. Shape of the World é uma verdadeira obra de arte em formato de game.”
Thronebreaker: The Witcher Tales
Nota 9,5
“Lembro de quando joguei Final Fantasy VII ou Pokémon Card Game, ambos jogos que davam um grande sentido para uma aventura com um jogo de cartas. São títulos raros, difíceis de se encontrar e, digo sem medo, Thronebreaker: The Witcher Tales é o melhor do gênero até agora.”
Mega Man 11
Nota 9,5
“Quem joga desde a infância, nos idos do Nintendo, ou passou pelas diferentes iterações dele ao longo dos anos, vai se sentir mais do que abraçado por Mega Man 11. Enquanto isso, aqueles que estão chegando agora não poderiam conhecer o personagem de maneira melhor.”
Forza Horizon 4
Nota 9,5
“Se a franquia Forza já era mais do que consagrada no mundo dos games, Forza Horizon 4 tira toda a alcunha de subsérie, se é que ela ainda existia, se posicionando como um amálgama do que há de melhor nos estilos de corrida arcade e simulação. Há algo para todo mundo aqui, em um dos melhores e mais democráticos jogos de corrida desta geração.”
Assassin’s Creed Odyssey
Nota 9,5
“Sem dúvida o ponto mais alto da série, Assassin’s Creed Odyssey demonstra que, mesmo sem inovar no mundo dos games como um todo, foi capaz de aglutinar de forma coesa muito do que outros jogos fizeram com excelência, revitalizando assim o mundo dos assassinos encapuzados e entregando uma verdadeira aventura épica. Imperdível!”
Piores notas de 2018
The Quiet Man
Nota 3,5
“Dá para entender porque, ao mesmo tempo em que a Human Head explodiu sua própria proposta a enchendo de firulas decisões erradas, a própria Square Enix também bombardeou o lançamento de The Quiet Man e, provavelmente, deve desejar fazer de conta que ele jamais existiu.”
Agony
Nota 3
“A ideia de proporcionar uma experiência infernal e deixar os jogadores desesperados funciona, mas da maneira completamente inversa ao que os desenvolvedores pretendiam. Agony é praticamente injogável e, com isso, o pouco de interesse que poderia existir sobre o jogo acaba desaparecendo completamente.”
Fallout 76
Nota 3
“Fallout 76 é um tropeço de uma franquia que, mesmo em seu título menos inspirado, tinha um mínimo de estrutura. A tentativa da Bethesda de entrar no mercado de jogos como serviço falha até mesmo nos aspectos que a companhia fazia tão bem.”