A Google não conseguiu esperar o início da E3 2019 e realizou, nesta quinta-feira (06), sua própria apresentação. No Stadia Connect, a ideia era dar os detalhes mais concretos sobre seu serviço de cloud gaming, que chega em novembro a 14 países, além de falar sobre preços, jogos, exclusividades e parcerias.
O Brasil, como já era de se esperar, ficou de fora do lançamento inicial do serviço, que vai entrar no ar em um sistema semelhante ao de um early access. De início, apenas assinantes do pacote Stadia Pro terão acesso à plataforma, que vai custar US$ 9,99 ao mês (cerca de R$ 40) e dará direito a streaming em resolução 4K a 60 frames por segundo, além de acesso a uma biblioteca de jogos gratuitos, com títulos específicos ainda não revelados.
Mais adiante, em 2020, a plataforma também terá sua versão gratuita, que limitará a qualidade da transmissão a 1080p e 60 fps, permitindo que os usuários comprem jogos individualmente. A promessa do Stadia é que os títulos poderão funcionar em qualquer lugar que tenha internet, em computadores, notebooks, tablets e celulares com navegador Chrome (a começar pelos smartphones da linha Pixel), além de televisores com um Chromecast conectado.
O Stadia não tem console nem hardware próprio, mas quem quiser pode adquirir um joystick oficial, que vai custar US$ 69, mais ou menos R$ 270. E já nesta quinta, a Google iniciou a pré-venda do Stadia Founder’s Pack, que traz um controle em edição especial, um Chromecast Ultra, três meses de assinatura Pro (além de outros três para dar a um amigo) e a licença completa do game Destiny 2, com direito a todos os DLCs já lançados e que ainda vão sair.
A Bungie é apenas uma de tantas empresas que estão ao lado da Google nessa empreitada, com a Ubisoft e a Bethesda trazendo boa parte de sua biblioteca recente de títulos para o serviço. Confira a lista de games já confirmados e as produtoras que estão nesse barco:
- Bandai Namco: Dragon Ball Xenoverse 2;
- Bethesda: DOOM Eternal, DOOM 2016, Rage 2, The Elder Scrolls Online, Wolfenstein: Youngblood;
- Bungie: Destiny 2;
- Coatsink: Get Packed (exclusivo Stadia);
- Codemasters: GRID;
- Deep Silver: Metro Exodus;
- Drool: Thumper;
- Giants Software: Farming Simulator 19;
- Larian Studios: Baldur’s Gate III;
- nWay Games: Power Rangers: Battle for the Grid;
- SEGA: Football Manager;
- SNK: Samurai Shodown;
- Square Enix: Final Fantasy XV, Tomb Raider Definitive Edition, Rise of the Tomb Raider, Shadow of the Tomb Raider;
- 2K Games: NBA 2K, Borderlands 3;
- Tequila Works: Gylt (exclusivo Stadia);
- Warner Bros.: Mortal Kombat 11;
- THQ: Darksiders Genesis;
- Ubisoft: Assassin’s Creed Odyssey, Just Dance, Tom Clancy’s Ghost Recon Breakpoint, Tom Clancy’s The Division 2, Trials Rising, The Crew 2;
- Capcom: jogos não revelados;
- Electronic Arts: jogos não revelados;
- Rockstar: jogos não revelados.
Conexão e latência
De acordo com a Google, o mínimo exigido para rodar o Stadia é uma conexão de 10 Mbps, que vai garantir streaming em 720p a 30 quadros por segundo. Para chegar a 4K, os assinantes do pacote Pro precisam ter uma internet de, no mínimo, 35 Mbps. O sistema vai adaptar a qualidade da imagem de acordo com a banda disponível, de forma a não interferir na jogatina.
Com o anúncio, a empresa também liberou um site em que você pode testar se a internet que possui em casa é capaz de funcionar com o Stadia. Você deve notar uma certa diferença em relação à velocidade real pelo fato de os servidores da Google estarem longe, o que gera latência, e esse acaba sendo o grande gargalo aqui, e o motivo pelo qual o serviço chegará apenas a um número limitado de países.
Mesmo assim, a Google faz questão de mostrar que chegou para mudar as coisas e fazer a jogatina nas nuvens acontecer. E se tem alguém que possui a tecnologia, a banda e, principalmente, os recursos para garantir isso, é ela.
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