E eis que chega ao fim a trilogia de relançamentos da Konami em comemoração de seu 50º aniversário. Contra Anniversary Collection fecha uma sequência de clássicos que já contou com grandes títulos do fliperama e também a série Castlevania, um final que chega junto ao anúncio do retorno da franquia, com um novo título que deve ser lançado em setembro.
Mas antes de irmos ao futuro, é hora de olhar para o passado e, mais uma vez, temos um pacote de relançamentos que mostra os primórdios de uma franquia que consagrou a empresa no panteão dos 8 e 16 bits. A história que começa lá nos fliperamas e se desenrola por três gerações de plataformas é contada por meio de sete jogos, que se somadas todas as versões diferentes disponíveis, totalizam 16 títulos no total.
A Contra Anniversary Collection traz os seguintes jogos:
- Contra (1987, Arcade)
- Super Contra (1988, Arcade)
- Contra (1988, NES)
- Super C (1990, NES)
- Contra III: The Alien Wars (1992, SNES)
- Operation C (1991, Game Boy)
- Contra: Hard Corps (1994, Mega Drive)
Além destes, temos as versões europeias dos jogos para Super Nintendo e Genesis (Super Probotector: Alien Rebels e Probotector, respectivamente), além de versões japonesas de todos eles, sendo duas do Contra original para NES. É uma olhada abrangente sobre as diferentes variações destes títulos clássicos, com uma jogabilidade que parece funcionar e desafiar mesmo hoje.
Quem é das antigas se lembra, e aqueles que chegarem agora irão perceber rapidamente que os games da série são incrivelmente difíceis. Esse aspecto se torna ainda mais presente nos títulos para fliperama e Game Boy, que assim como todos os outros, chegam à coletânea de maneira inalterada. Eles são emulados e aparecem como em seus lançamentos originais, o que significa, também, que eles são mais lentos e punitivos do que suas contrapartes para NES e SNES, por exemplo.
Por outro lado, como novidade, aparecem as já tradicionais bordas e diferentes aspectos de tela, que permitem desde distorcer tudo para fazer com que o jogo se encaixe em um aspecto 16:9 até emular scanlines em uma tentativa de deixar os pixels mais aparentes. Em Operation C, ainda, contamos com diferentes tonalidades de cor para refletir os relançamentos do Game Boy, desde a tela verde até a colorida. Uma colher de chá é dada com a presença de save states, mas somente um está disponível por jogo, para que a mamata não seja completa.
Essa ideia de não mexer nos jogos, por outro lado, faz com que nem mesmo um trabalho de otimização seja realizado, o que resulta em inexplicáveis problemas de performance e quedas na taxa de quadros por segundo. Estamos falando de games com tiros e inimigos por todos os lados, mas todos, também, têm mais de duas décadas de idade, com as plataformas atuais mais do que tendo poder suficiente para rodar tudo perfeitamente.
Tais falhas, felizmente, são eventuais, e juntamente com um livro de arte e informações um tanto difícil de ler, a não ser que você curta forçar os olhos diante da TV, o grande valor da Contra Anniversary Collection está na disponibilidade e preservação. São títulos clássicos de um passado que lembramos com carinho, agora mais facilmente acessíveis nas plataformas de hoje.
Ainda mais em um momento no qual uma nova versão de Contra está prestes a chegar, um lançamento como esse soa oportuno por permitir que tanto os mais velhos relembrem o passado quanto os mais novos experimentem os primórdios do que está para chegar. Agora, resta esperar que a Konami mantenha o ritmo de relançamentos e, assim como fez com Contra: Hard Corps aqui, traga de volta outros jogos que ficaram no passado, mas jamais esquecidos.
O jogo foi analisado no Switch, em cópia cedida pela Konami.