O anúncio de BlueStreak foi bastante discreto para alguém que se diz uma celebridade dos games. Na terça-feira (8), Cliff Bleszinski anunciou BlueStreak, seu shooter free-to-play que apresenta a visão do criador de Gears of War sobre os jogos de tiro baseados em arena, com foco competitivo. A ideia caiu como uma luva para muita gente, mas para outros, não é lá algo muito interessante.
Para Bleszinski, foi a falta de informações que causou esse efeito inicial, e ele tentou resolver isso na noite desta quarta (9), pelo Reddit. Em um “Ask me Anything”, no qual fãs e interessados podem fazer qualquer pergunta para o entrevistado, ele falou mais sobre o título, sua opção de escolher um modelo free-to-play e a transformação do shooter em uma franquia de ficção científica.
Antes de mais nada, o designer deixou claro que o título free-to-play não terá nenhum tipo de opção “pay to win”. Todos os progressos obtidos com dinheiro real estarão disponíveis para todos, e a desenvolvedora Bosskey quer garantir um balanceamento de forma que aqueles que usarem dinheiro de verdade não tenham vantagens sobre quem não quis investir.
“Quero garantir que um jogador que curta o game e não quer gastar dinheiro possa matar o garoto riquinho que gastou toneladas para ter tudo”, disse. A ideia de microtransações ainda está sendo estudada e balanceada, e pode acabar sendo até mesmo descartada. Mas, por enquanto, ela é vista como a principal fonte de renda do título.
A falta de experiência com esse tipo de modelo foi, inclusive, o que levou à parceria com a Nexon. Bleszinski disse não ter gostado muito da história no começo, mas quando percebeu que teria liberdade criativa e abertura para fazer o que quisesse, e ainda suporte no processo de monetização, ele foi convencido. Os amigos produtores que trabalham com a empresa também foram um incentivo.
A Bosskey também está de olho na otimização de BlueStreak, mais um fator importante para garantir o sucesso do título e também a entrada de dólares. “Para atingir uma audiência global, o jogo precisa ser fantástico nos melhores computadores e também rodar em uma batata”, explicou ele, que está dando atenção especial aos visuais pós-apocalípticos do game.
Visão de franquia
Mais do que um jogo de tirinho, BlueStreak é visto como uma franquia multimídia. É por isso que, além do próprio game, o título também deve ter uma série de curtas com atores reais para contar a história de seu mundo e situar os jogadores sobre o contexto no qual tudo acontece.
Bleszinski diz querer abordar a história de uma forma diferente, sem cutscenes ou modo campanha. Em vez disso, o enredo será contado por meio das corporações que fabricam armas, personagens com um passado e um mundo “vivo”, que reage ao tiroteio.
Mas ainda falta muito para isso. A Bosskey ainda não decidiu nem mesmo a engine que será usada em BlueStreak e ainda está contratando o time que vai desenvolver o game. De acordo com Bleszinski, a ideia é ter de 15 a 20 pessoas trabalhando no primeiro ano de empresa, ampliando esse número para até 70 na sequência, um total multiplicado por parcerias e terceirização de determinados aspectos da produção.
BlueStreak ainda não tem data de lançamento marcada. Por enquanto, é um jogo exclusivo do PC.
Com informações do Eurogamer.