O advento da internet facilitou a nossa vida de inúmeras formas. E para quem preza por uma coleção bonitinha de jogos na prateleira, com edições de colecionador e outros artigos do tipo, ela é uma grande aliada na busca por promoções, melhores preços e lojas que vendem, exclusivamente, aquele jogo acompanhado de um boneco que você tanto procura.
As principais lojas de jogos do mundo estão nos Estados Unidos, Europa e Ásia, mas pela internet, dá para ter acesso a varejistas de todo o mundo. Tudo está ao alcance dos dedos e, para quem tem paciência e perseverança, dá pra fazer grandes negócios gastando pouco.
Jogos mais baratos
Comparação de preços entre Amazon e Walmart Brasil, registrada no dia 23/07
Antes de mais nada, é importante deixar bem claro que games não são baratos. Mas, aqui no Brasil, eles são ainda mais caros que no exterior, casa dos maiores públicos consumidores de games do mundo. Enquanto, por aqui, o preço padrão de um jogo para o PlayStation 4 muitas vezes ultrapassa a marca dos R$ 250, nos Estados Unidos eles custam US$ 59,99 por padrão (cerca de R$ 130).
Isso sem falar em lojas como a Amazon que, na maioria das vezes, realizam promoções e dão descontos, nem que sejam de alguns dólares, logo no lançamento. Ou, ainda, de versões coreanas, taiwanesas e asiáticas de títulos que são lançadas por preços ainda menores e, apesar de uma embalagem com caracteres orientais, trazem o game também em seu idioma original.
Se você der a sorte de comprar em uma loja que passe liso pela Receita Federal brasileira, ou seja, sem o pagamento de taxas, dificilmente pagará mais do que os valores encontrados por aqui. E o triste é que, muitas vezes, mesmo o pagamento com os impostos acaba compensando mais que a compra direta em uma loja nacional.
Não vamos entrar nos fatores diversos que impossibilitam os lojistas nacionais de praticarem os mesmos preços dos americanos. Todos nós sabemos que, se houvesse vontade, principalmente política, teríamos sim jogos mais baratos. Por causa disso, são os varejistas e distribuidores que acabam levando a culpa, pagando caro por um produto que também tem que ser vendido por um alto preço aos consumidores. Mas vamos nos ater aos fatos e, pelo menos por enquanto, a diferença entre Brasil e o exterior tem feito a importação uma alternativa a ser pensada.
Edições especiais
A diferença, mais uma vez, é de preço. Mas aqui, a coisa também tem a ver com disponibilidade. Com o crescimento do mercado de jogos no Brasil, mais e mais distribuidoras estão trazendo, oficialmente, edições de colecionador dos principais títulos para cá. Elas vendem, sim, mas para quem pode pagar por elas.
Vamos pegar um exemplo recente, a Vigilante Edition de Watch Dogs. Ela chegou por aqui, sim, com boneco de Aiden Pearce e tudo, pelo preço oficial de R$ 499. Lá fora, porém, o valor sugerido pela Ubisoft é de US$ 129, cerca de R$ 290. Mais uma vez, se você escapar dos impostos, estará economizando quase o valor de uma outra edição especial.
Isso sem contar em todos os outros pacotes que acabam nem mesmo dando as caras. Watch Dogs é um exemplo de jogo que se aproximou de uma dezena de edições especiais dos mais diversos tipos, sendo que apenas a Vigilante Edition chegou ao Brasil. Dê uma olhada em nossa tag dedicada ao assunto e perceba a quantidade de coisa que nem aparece por aqui.
Promoções “de verdade”
Screenshot da Amazon, registrada no dia 23/07
São raros os casos em que as promoções de grandes varejistas brasileiras são, realmente, “para valer”, trazendo bons títulos a preços realmente interessantes. E, quando isso acontece, temos um esgotamento incrivelmente rápido dos games, indicando que apenas uma pequena quantidade de unidades foi disponibilizada com valor reduzido. Isso, claro, sem falar no Dia do Estoque Justo, que jamais esqueceremos.
Lá fora, porém, a história é outra e as lojas costumam respeitar seus consumidores um pouco mais do que aqui no Brasil. O que se vê, com menos frequência mas com maior relevância, são ofertas grandiosas, que baixam os preços de diversos títulos e criam condições realmente vantajosas para quem está esperando há algum tempo. Quem acompanha a Black Friday, anualmente, que o diga.
Títulos exclusivos
O nome da coluna dos nobres amigos Newton e Ryuuji, “Saiu no Japão”, é coisa do passado e, hoje em dia, dificilmente a exclusividade de uma versão para um determinado território é, efetivamente, real. Caso você tenha um console da Sony ou um Xbox One, não precisará nem mesmo recorrer a artimanhas bizarras para desbloquear seu aparelho, já que todos são region-free, ou seja, funcionam com jogos de todo o mundo.
Para os fãs do JRPG, isso é uma benção. Por mais que muitos dos títulos desse gênero não cheguem por aqui nem sejam traduzidos para os ocidentais, dá para simplesmente importa-los de lojas como o Play Asia, por exemplo, garantindo que eles funcionarão em seu console. Assim, ninguém mais fica só na vontade.
E como tudo na vida tem seu lado negativo, fique ligado: na próxima edição da coluna, falarei sobre alguns motivos para manter seu dinheiro aqui no Brasil e comprar games por aqui mesmo. No final das contas, a decisão é sua.