Falar que gosta de um jogo é fácil, mas você consegue classificar os três melhores? Aquele game que você zerou com um sorriso nos lábios ou com lágrimas nos olhos? Aquele que marcou sua infância? Ou quem sabe aquele que mesmo tendo gráficos “inferiores”, você ainda joga sem medo de ser feliz.

Foi pensando nisso que eu e mais o pessoal do NGP resolvemos abrir nossos corações e revirar nossas memórias para escolher os nossos favoritos. Então esta aí o nosso Top 3 de jogos que marcaram nossas vidas.

Felipe Demartini

Resident Evil: Se não fosse o primeiro RE, não existiria NGP, provavelmente. O jogo de horror que deu início a uma das principais franquias da Capcom marcou meu retorno ao mundo dos games em uma época em que eu não estava mais tão empolgado com eles assim. Foi nos sites da série que aprendi a lidar com informação e dei meus primeiros passos na carreira de jornalista, que perdura até hoje.

Portal: Sempre fui fã de FPS, desde os saudosos Wolfenstein, Doom e Duke Nukem 3D. A ideia de um jogo de tiro em primeira pessoa sem tiros, porém, gerou um resultado incrível e criou aquele que, para mim, ainda é o melhor jogo do gênero. É uma pena que, agora, GLaDOS, Chell e sua turma encontram-se no limbo do número 3 pelo qual a Valve é tão reconhecida.

The Last of Us: Foram poucos os jogos que mexeram comigo emocionalmente de forma tão profunda quanto The Last of Us. A história que não fala de infecção, e sim, de uma sociedade destruída, levanta questionamentos sobre amizade, companheirismo, a perda da inocência e a natureza humana. Um dos melhores jogos da história.

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Diego “Graffo” de Freitas

Motocross Madness: Primeiro jogo de motocross com alguma física, bem realista para o encaixe de rampas, aceleração e uso da embreagem/freio.

Battlefield 3: Perdi horas para aprender a jogar FPS no controle e foi a variedade dos mapas e modos de jogo que permitiu que eu estendesse o jogo por tanto tempo. Mesmo depois do lançamento do BF4, ainda jogo. A física dele é boa e me divirto com todas as possibilidades para matar os inimigos, trollar snipers e loucas manobras de helicóptero.

Diablo 3: Nunca fui fã da franquia e quando comecei a jogar, o vício me consumiu. O modo cooperativo é muito bom e que história bem feita, o tema Céu vs. Inferno encaixa muito bem e todas as gags que a Blizzard inseriu no jogo são a cereja do bolo.

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Leonardo de Souza Afonso

Shadow of the Colossus: Eu poderia perder tempo dizendo tudo o que torna SoTC a obra de arte que ele é, mas vou resumir em uma simples frase: Eu chorei jogando videogame. Chorei como uma menina, sem ofensa à dona do post. Foram dias acompanhando a jornada do protagonista, vagando por um mundo inóspito e angustiante. Derrotando cada um dos monstros, certo de que cumpria meu dever rumo a salvação da minha amada. O resto vocês já sabem, ou deveriam saber. E eu chorei.

Street Fighter Zero 2: Bem, nem sempre um jogo marca você positivamente, veja bem o que me aconteceu. Em 1997, eu tinha meus 15 anos, frequentava a sétima serie, ou pelo menos deveria. Na verdade, a minha rotina era a seguinte: Acordava as 10h, saia de casa ao meio-dia para entrar as 13h na escola que era do lado de casa. Mas antes, sempre dava uma paradinha no fliperama do Helio, a alguns metros da escola. Naquele tempo não dava B.O. A máquina do momento era Street Fighter Zero 2, a molecada do bairro se acabava em disputas acirradas, acirradas ate eu chegar. Modéstia à parte, eu era um dos melhores do lugar. Mas nada vem de graça, era o melhor porque treinava. Mas como um guri que fica na escola das 13h as 18h30 arranja tempo pra isso ? Matando aula. No começo, chegava no fliper ao meio-dia e ia pra aula a 13h15. Depois as 13h30, depois as 14h, ate que fixei residência no local. Isso acabou consumindo não apenas minha mesada, como meu ano letivo. E foi assim que eu perdi um ano de escola para o vício, digo, os arcades.

Pitfall: Era 1987, lembro-me como se fosse hoje. Entrei na sala da casa da minha tia e minhas primas estavam em frente a TV, segurando aparatos alienígenas (joysticks). Na tela, um homenzinho, pendurado em uma corda, balançava sobre um lago com 3 jacarés. Me convidaram para jogar e eu sem hesitação alguma peguei o controle na mão. Queria contar que, assim como Neo, eu era o escolhido e sai pulando nas cabeças dos jacarés, recolhendo todos os tesouros, mas não foi assim. Tudo o que eu conseguia fazer era levar o homenzinho para a direita, ate ele cair num buraco e depois encontrar um escorpião. Eu tinha só 5 anos. Naquela época eu ainda não sabia que aquele era um momento crucial da minha vida, mas hoje eu sei que caminhos e escolhas que fiz foram influenciados diretamente por esse evento que me marcou profundamente.

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Diogo Fernandes

3 – Big Nose The Caveman: Lembram da época dourada das locadoras? Então, sou um felizardo que chama de mãe uma antiga dona de uma delas. Vários jogos ali, à minha disposição para jogar. Os clientes/amigos falavam: “caramba, você já deve ter jogado todos!” Uma modestia me impedia de dizer que sim. “Não, não. É muito jogo, não dá pra jogar todos.” Era uma das mentiras deslavadas que eu dizia. Jogava todos. E muito. E Big Nose The Caveman era um deles. O vício nesse joguinho me levou a dar um pequeno prejuízo à locadora. Eu escondia o cartucho. Me marcou demais, quando criança, a euforia em pegar sorrateiramente a caixa do jogo e esconder no armário. E a raiva juvenil que dava ao ser pego em flagra jogando-o, e ser obrigado a alugar para um cliente, que automaticamente virava um desafeto. Coisa de criança.

Assassins Creed: Sim, o primeirão mesmo. Com toda sua repetição. Fechei o jogo sete vezes. E esse ano farei novamente. Foi minha porta de entrada na sétima geração, assim como Assassin’s Creed Unity será para a oitava. Todo o clima das cidades da época das cruzadas, o carisma de Altair, o desenrolar da história, as pinturas com o sangue do Subject 16 na Abstergo, o Bleeding Effect, as peças do Eden. Tudo no jogo me cativou. Mesmo nas saídas do Animus, o que para a maioria quebrava o clima do jogo (o que não é uma mentira), eu achava interessante os diálogos entre Vidic, Lucy e o Desmond. E mesmo sendo um jogo do início da geração, acho os gráficos muito bonitos até hoje para um jogo de mundo aberto com a riqueza de detalhes para as construções. Já ouvi falarem que hoje ele é um jogo feio, obviamente m̶a̶u̶ ̶c̶a̶r̶a̶t̶i̶s̶m̶o̶ questão de gosto mesmo.

Super Mario World: A Nintendo e suas nintendices. “Olha, toma aqui seu videogame e de brinde leva o jogo mais legal já feito. De nada.” É bastante complicado escolher apenas um jogo do Mario como preferido. O meu primeiro lugar fica divido entre Super Mario Bros, SMB 3 e este. Mas entre eles, Super Mario World consegue unir tudo que me agrada na Nintendo. Quanto à história, eu deixo isso para outros jogos mais novos. No quesito entretenimento, esquecendo um pouco a evolução necessária dos consoles, e focar apenas em passar umas horas se divertindo, eu quero é mais ficar pulando em tartarugas, jogando elas para fora dos cascos, correndo para voar com a capa amarela, pegar as moedas e salvar a Princesa Peach do malvado Bowser, ad infinitum.

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André Ceraldi

Resident Evil: Ao jogar o trecho da Guardhouse com Jill, no primeiro RE em um PSOne emprestado, me apaixonei pelo jogo e vi ali a possibilidade de “viver” os filmes de terror que eu tanto adorava naquela época. Tinha um N64, mas por causa de RE comecei até a trabalhar pra poder comprar um PSOne e poder jogar aquele game. A paixão iniciada ali gerou frutos: além de ter jogado alguns títulos fantásticos dessa franquia, conheci pessoas, fiz amigos, me enveredei em um projeto do qual me orgulho muito de fazer parte. A relação com RE dura até hoje, apesar dos recentes abalos por conta dos últimos jogos, que deixaram a desejar.

Dupla de RPGs – Final Fantasy VIII e The Legend of Zelda: Ocarina of Time: Se juntar esses dois jogos, o tempo de gameplay certamente representa uma parcela significativa da minha adolescência: os dois jogos que mais joguei até hoje. Cada um me cativou por motivos diferentes, mas de forma profunda e definitiva. Terminei os dois jogos de todas as formas possíveis: de speed runs absurdos, a auto-desafios de chegar ao final sem upar habilidades, níveis de XP e afins. Ainda hoje, bate saudade da época em que eu passava 12-16h nos finais de semana na frente da TV revezando esses dois jogos.

Assassin’s Creed 2: Foi o primeiro da franquia que joguei, e tenho certeza que é o melhor e dificilmente será superado por algum outro AC. Pra mim, o melhor jogo da sétima geração. Embora com alguns clichês em seu enredo, Ezio é um dos personagens mais cativantes dos video games, e a forma com a qual ele interage com os que os cercam e seus inimigos é única. A enorme quantidade de variedade de side missions, dão ao jogo quase uma centena de horas de diversão e de queixo no chão com os cenários magníficos, tumbas a serem exploradas e reviravoltas da trama.

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Edes WR

Resident Evil (PSOne): Foi um jogo marcante por uma serie de fatores bastante distintos para mim. Alem de ser algo completamente diferente de tudo que eu já tinha visto, na época eu não tinha o console, não tinha um televisor minimamente descente e o console que eu alugava (sim, eu alugava o console com o jogo) não vinha com memory card. A primeira vez que terminei o jogo foi sem salvar, depois de meses morrendo e tendo de começar tudo novamente, sem contar que a TV devia ser de um padrão de cores diferente do console, o que me obrigou a jogar por um bom tempo em preto e branco. É, eram tempos difíceis, mas saudosos!

Star Fox (Snes): Lembro que na locadora que eu frequentava, e que era o meu mundo de informações sobre jogos, o mais avançado console que eles tinha era o MegaCD (Japonês) com seu drive de CD e seu gráficos que eram um vislumbre do futuro. Mas, uma bela noite entro na locadora, as luzes estavam apagadas, um jogo estava rodando no projetor, foi quando pude ver aquelas naves poligonais batalhando em meio a um mar de estrelas. Foi paixão à primeira vista! Eu precisa daquilo, eu precisa de um MegaCD, pois só esse console poderia fazer alo daquele nível! Foi aí que tudo mudou pois, notei que não era um MegaCD ligado ao telão e sim um Snes! E eu já tinha ele em casa! Alegria tamanha não tem igual e, se isso já não bastasse para me marcar para sempre, seus controles mudaram minha percepção de cima e baixo no joystick para sempre.

Tele-Jogo: Minha memória dessa época é um tanto quanto turva, eu tinha por volta de cinco anos e fui com minha mãe visitar uma tia que morava bem longe. Meus primos, uns anos mais velhos, já trabalhavam e podiam comprar suas próprias coisas. Lembro-me de entrar na sala com a família reunida em torno da TV, meus primos seguram os “controles” e com uma espécie de “botão em forma de roda” controlavam o que aparecia na tela, bastões rebatendo uma “bolinha”, aquilo mudou algo dento da minha mente. Não fui convidado a jogar, devem ter alegado que eu era muito pequeno, mas tenho certeza que foi exatamente aquele momento que nasceu o gamer em mim.

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Ana Cruz

Final Fantasy Tactics: Esse jogo rendeu muitas dores de cabeça para minha mãe, pois eu e minha irmã brigávamos muito na hora de escolher quem seria a primeira a jogar e a briga aumentava quando uma passava mais de uma hora em apenas uma fase do game. Jogo de RPG e estratégia, lembrando muito um jogo de xadrez. Uma história que me deixou tão maravilhada e tão zangada ao mesmo tempo, devido ao final do game.

Resident Evil 4: Todos os jogos da saga me marcaram de alguma forma, o primeiro RE que me apresentou ao fantástico mundo do survivor horror. O RE2 e RE3 me deram vários pesadelos. O RE5 e o polêmico RE6 que me incentivaram a juntar moedas e levantar fundos para comprar um PlayStation 3. Mas o RE4 teve dois diferenciais: primeiro, foi o modo como eu o consegui. Na verdade, um amigo meu chegou e disse: “Ana, eu vi esse jogo e trouxe pra você. Porque sei que você é fã dessa saga”, foi aí que ele me deu o jogo. Segundo, foi o que eu passei pra poder jogá-lo: meu antigo PS2 tinha um defeito, nenhum jogo funcionava de primeira, então fiquei exatos 47 minutos apertando o botão “Power” e rezando para que o jogo funcionasse. Quando finalmente apareceu a tela inicial do game, eu joguei, zerei e joguei de novo.

Street Fighter 2: Simplesmente, o primeiro game que eu joguei, ainda em um turbo game (genérico do NES). No começo, eu escolhia sempre a Chun-li por ser a única mulher e tals, porém quando eu escolhi o Ryu e consegui soltar meu primeiro hadouken, meus olhos brilharam. Foi aí que comecei a jogar sério, eu ia a uma loja de jogos que havia perto da minha casa, só pra jogar Street Fighter 2 com o Ryu. Coincidentemente, o jogo que “inaugurava” cada novo console meu, era da saga Street Fighter. Além de ser grande fã dessa franquia, o Ryu foi meu primeiro amor nos games.

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