Aqui no Brasil, enquanto a comunidade parece se preocupar mais com a próxima piadinha ou gameplay de Minecraft, lá fora rola um debate já bastante extenso sobre a ética e a relação entre desenvolvedoras de jogos e o YouTubers. Depois do Gamasutra afirmar que 25% dos produtores de conteúdo nessa mídia já receberam dinheiro para falar bem de jogos, sai a pesquisa sobre o outro lado, informando que apenas 1,5% das produtoras admite já ter pago por publicidade positiva nesse canal.
Por outro lado, 19,1% delas já consideram usar esse método no futuro. A ideia é simples: por meio de pagamento, o produtor de conteúdo faria uma cobertura mais próxima de determinado game ou franquia. A ética por trás disso é que seria o “problema”, se é que essa palavra vale.
Mais do que isso, 14,7% das empresas consultadas afirmam que já receberam pedidos de pagamento por parte de YouTubers em troca de cobertura, seja ela positiva ou não, de seus jogos.
Para as produtoras, é um panorama semelhante ao que é visto hoje na imprensa escrita. 4,7% delas admitiram já ter pago por cobertura em grandes sites de jogos, enquanto 13,9% disseram pensar em fazer isso no futuro. Além disso, 29% admitiram já terem recebido ofertas desse tipo de editores e jornalistas ligados a grandes portais.
Os dados de 325 empresas consultadas pelo site revelam também que 2,1% delas também já entraram em acordos com os YouTubers, dividindo os valores obtidos por meio de anúncios. Nesse caso, porém, trata-se de uma decisão mais voltada ao controle dos direitos autorais, permitindo que ambos ganhem com o fruto de seu trabalho. Uma medida que, para muitos, é mais justa do que a distribuição ostensiva de strikes, por exemplo. 11,6% consideram começar a fazer isso no futuro.