Eu já devo ter dito a vocês que meu jogo favorito é Samurai Shodown, não? Isso sem dúvida se deve à mecânica de luta com armas, muito fluida e divertida. Não tão fluida, mas do meu ponto de vista, divertidíssima, é também mecânica da série vos trago hoje.

Meu primeiro contato com Bushido Blade se deu graças a uma edição da saudosa revista Gamers. Ela trazia uma matéria em página dupla sobre o recém lançado Bushido Blade 2.

Ok, lá pelos meus treze anos, meu discernimento pra decidir comprar ou não um jogo era “tem espadas”, porém, mais do que porradaria com lâminas, Bushido Blade foi além. Ele é uma espécie de “simulador” de lutas com espadas.

Não que realmente simule qualquer coisa, mas traz conceitos que realmente se aproximam mais da realidade do que rasgar a jugular do seu oponente estocando o mesmo na linha da cintura.

A proximidade com a realidade se dá, por exemplo, nos membros. Um golpe aplicado diretamente a um deles o inutiliza pelo resto da luta. Isso compromete sua habilidade, sem uma mão você só pode utilizar uma espada, não pode arremessar objetos e nem jogar areia, terra ou folhas no rosto do oponente. Essa última com certeza aproxima mais o jogo da realidade, afinal, numa luta de vida ou morte, vale tudo.

O jogo traz uma gama variada de armas, da tradicional katana até armas de fogo, essas exclusiva de dois personagens. Todo equipamento oferece três estilos distintos, um com ataques altos, um com ataques baixos e um meio termo. Eles também podem variar conforme a “disponibilidade” dos seus membros.

As arenas variam bastante, de lugares grandes e abertos a outros mais fechados e apertados. Os estágios possuem níveis diferentes, plataformas para subir, itens no chão e alguns elementos destrutíveis. Tudo isso, mais a possibilidade de correr livremente em qualquer direção, obriga o jogador a usar de muita estratégia para desferir o golpe certeiro. Golpe esse que é a única mentira de matar seu oponente. Esse é mais um dos pontos que aproxima Bushido Blade de uma luta real. Não há barras de energia, nem pontos, nem nada. Tudo o que você precisa é encaixar o golpe da forma correta e isso nem sempre é fácil, nos chefes finais, principalmente.

Sobre o enredo, vou ser honesto, minha có[pia de Bushido Blade era japonesa, logo nunca entendi uma palha da historia do jogo, a não ser que existem dois clãs lutando. Sigo até hoje sem me interessar pela historia, então se você quiser, sinta-se a vontade para pesquisar.

Algo curioso que a Light Weight (produtora, a Square Enix apenas publicou) adicionou ao jogo é o modo em primeira pessoa, que parece uma ideia bacana, mas com o qual não consegui jogar mais do que três lutas. Ver os dois personagens lutando na tela é muito mais interessante.

Isso nos remete a um fato muito estranho, os seis personagens iniciais tem roupas coloridas e estranhas no modo história, porém, quando você joga no versus, os personagens têm um visual mais tradicional japonês tão legal que me deixava P… por não poder jogar sempre com essas roupas. Elas, inclusive, são as roupas que aparecem na abertura do jogo.

Como disse, joguei primeiro Bushido Blade 2, porém fiquei curioso para saber das origens desse jogo e fui atras de Bushido Blade 1. Ao jogá-lo, nota-se claramente como a continuação é muito mais evoluída em todos os sentidos. Gráficos e velocidade são bem inferiores, a jogabilidade é praticamente a mesma. Um ponto em que o primeiro supera o segundo é nos estágios. Em Bushido Blade, os cenários são interligados e você pode passar de um cenário para outro quando chegar no limite da arena. Em Bushido Blade 2, você consegue perceber que alguns deles são continuação de outros, porém você não tem a possibilidade de transitar entre eles.

A série Bushido Blade apesar de amada por muitos, não foi o que se pode chamar de sucesso, talvez seja por isso que nenhuma seqüência foi lançada até hoje. A produtora Light Weight lançou Kengo, para Playstation 2, um jogo não pode ser considerado nem uma sequência espiritual, pois abandona totalmente os conceitos de Bushido Blade.

Não há nenhuma previsão ou rumor que aponte para uma seqüência ou remake que seja, então só resta a nós, fans, chorar como um ninja silencioso. Bushido Blade e Bushido Blade 2 foram lançados respectivamente em 1997 e 1998 para PlayStation.

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