Jogos, franquias e ideias nunca agradam a todos. E a cada anúncio de game, DLC, serviço ou qualquer outra coisa, a comunidade sempre se divide entre os que gostaram ou não do que está por vir. Levando em conta o aspecto conectado da nossa sociedade, discussões surgem, e muitas vezes, o argumento usado por aqueles que curtiram a ideia é o básico e direto “compra quem quer”.

É simples, não? Gostou da proposta? Vote com a carteira. Não curtiu? Ignore e siga em frente. Seria fácil se realmente fosse assim, e o mercado de jogos não fosse uma máquina que está sempre em funcionamento, se alimentando de si mesma. Um game de sucesso, mesmo que ruim, hoje, influencia outros. Uma má decisão, por outro lado, pode colocar tudo a perder.

A ideia do “compra quem quer” é simplista e ignora todos esses fatores, como se cada jogo fosse restrito a si próprio, sem influências. Mas basta olhar ao redor para perceber o quanto esse argumento não leva em conta o todo, e de que maneira o fracasso ou o sucesso pode mudar tudo.

O voto com a carteira, sim, é importante, mas não definitivo. E mesmo assim, a escolha por não comprar aquele game ruim de uma franquia amada não termina por aí, uma vez que os reflexos daquela proposta viverão por muito tempo. A coisa toda é muito mais complexa do que isso e simplesmente não pode ser minimizada a uma escolha pontual.

Brigar com o fanatismo e, principalmente, com a indiferença, é tarefa difícil. Mas em um mercado tão gigantesco quanto o nosso, onde títulos custam milhões de dólares e motivam outros (ou não), não dá para ficar na simplicidade. É exatamente por isso que o velho “compra quem quer” simplesmente não funciona, e mais do que isso, é um argumento raso para esvaziar as reclamações daqueles que se importam com jogos e franquias.

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