Se você está lendo esse post no dia de seu lançamento, sabe que nesta semana volta aos cinemas uma das franquias de maior sucesso da história. Sucesso esse que transcendeu e foi muito além das telonas. São livros, séries animadas, quadrinhos, brinquedos e, principalmente, os jogos.

Sim, estamos falando de Star Wars, provavelmente a franquia que mais recebeu games em sua história. Alguns ruins, alguns bons, mas na sua maioria, razoáveis. A trajetória começa com Star Wars: The Empire Strikes Back, em 1982, lançado para as plataformas populares da época, o Atari 2600 e Intellivision.

O jogo passaria despercebido como mais um de navinha de Atari, não fosse um retrato de uma das cenas icônicas de “O Império Contra-Ataca”, A Batalha de Hoth. A bordo de um Snowspeeder, você deve impedir o avanço dos AT-ATs Walkers disparando contra as criaturas que vão mudando de cor, sinalizando seu enfraquecimento. Esporadicamente, surgem pequenos quadrados nas criaturas que indicam aberturas na sua blindagem, e atirando nesses pontos você a elimina instantaneamente. Apesar de simples, o jogo diverte e a presença da marcante trilha quando se liga o console já nos enche de nostalgia.

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Depois de dois jogos dispensáveis, em 1983, chegava Star Wars: The Arcade Game, um simulador de combate espacial em primeira pessoa que foi um dos jogos mais populares de sua época.

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Seus gráficos vetoriais apresentavam de forma espetacular o universo das batalhas de Star Wars, incluindo a perseguição na trincheira da Estrela da Morte. O jogo foi portado para diversas plataformas da época, inclusive o saudoso Atari 2600.

Já na década de 90, mais precisamente em 1992, o 16-bits da Nintendo recebia o jogo que originou a subfranquia mais popular de Star Wars nos consoles, Super Star Wars.

O jogo de ação em plataformas se destacou por apresentar vários segmentos diferentes, representando diversos momentos do filme. A ação de Luke no deserto de Tatooine, o momento F-Zero acompanhado de C3PO a bordo do X-34 Landspeeder e, para coroar, um momentos de simulador de combate espacial numa X-Wing partindo para destruir a Estrela da Morte. A série fez muito sucesso e rendeu mais duas sequências: Super Star Wars: The Empire Strikes Back e Super Star Wars: Return of the Jedi, o último recebendo também versões para Game Boy e Game Gear.

Em 1993 a pira do momento eram os Full Motion Videos, ou FMV, e Star Wars não ficou de fora. Para PC, Sega-CD e 3DO, saiu Star Wars: Rebel Assault.

O jogo era dividido em segmentos, alguns pilotando as clássicas naves da série e outros atirando com o próprio piloto. No jogo, você encarna Rookie One, um fazendeiro de Tatooine, um Luke sem Força, sacaram o trocadilho? A maior parte da ação acontece durante “Uma Nova Esperança”, mas estranhamente, inclui também a batalha de Hoth. O gameplay rola no esquema dos FMVs, um filme rola ao fundo enquanto você interage com algum objetos por cima. Parece tosco hoje, mas divertiu muito na época.

Ainda em 1993, a SEGA nos trouxe Star Wars: Arcade, que podemos dizer ser um “sucessor/remake” do game de 1983.

O simulador de batalhas espaciais evoluiu muito, trazendo liberdade de movimento, uma trilha infinitamente superior e acreditem, cobertura nos polígonos, nada de ver só o esqueleto das naves. No ano seguinte, o jogo foi portado para o então promissor 32X, uma versão competente e que diverte muito até hoje.

Saltando no tempo para 1995, febre era exterminar demônios em labirintos – sim, eu falo de Doom. E é claro que Star Wars não ficaria de fora dessa, chega então para PCs Star Wars: Dark Forces.

Controlando Kyle Katarn, você é um mercenário a serviço da Aliança Rebelde e tem a missão de roubar os planos da Estrela da Morte. Partindo de onde Doom parou, Dark Forces implementou itens interessantes a esse mundo, como cutscenes contendo o briefing da missão, além de um sistema de objetivos. Apenas ir do ponto A ao ponto B não garantia o sucesso, e alguns quebra-cabeças eram mais inteligentes do que apenas sair por aí caçando chaves. Além disso, tínhamos a possibilidade de mover a mira para cima e para baixo, algo inovador numa era de FPSs sem mouse. O jogo ainda recebeu uma versão para PlayStation posteriormente.

Entre 1993 e 1995, Star Wars ganhou dois simuladores de combate espacial, eram eles: X-Wing e TIE Fighters. Mas o ponto alto foi em 1997, quando esse jogos se encontraram em Star Wars: X-Wing vs TIE Fighters.

Seria esse apenas mais um jogo de navinhas de Star Wars não fosse pelo elemento multiplayer que os fãs esperavam há tempos. Os jogadores agora podem subir a bordo de um TIE Fighter imperial, TIE Interceptor, TIE Advanced, TIE Bomber ou, do lado Rebelde, nas X-Wing, A-Wing e Y-Wing, travando com seus coleguinhas.

Em 1999, o mundo todo estava na expectativa do novo filme da serie, “Episódio I: A Ameaça Fantasma”. E foi de uma das principais cenas do longa que nasceu um dos melhores jogos baseados em filme, e também de corrida.

Estou falando de Star Wars: Episode I Racer. No game, você escolhe entre 20 pilotos com seus respectivos pods e disputa uma serie de corridas em 25 pistas distribuídas por oito planetas diferentes. Um dos pontos altos é, sem dúvida, a sensação de velocidade que ele proporciona, um acionamento de turbo que só se repetiu para mim em Need for Speed: Underground.

Star Wars: Episode I Racer apareceu primeiro no Nintendo 64 e PC, depois ganhou versões para Dreamcast e Playstation 2.

Parte fundamental do universo de Star Wars são os Jedis e a Força, além, claro, de seus sabres de luz. Em síntese, eles são porradeiros. E que gênero melhor representa o ato de lutar armado contra inúmeros inimigos? O Beat ‘em up. No ano 2000, recebemos um dos melhores jogos do gênero em 3d (coisa rara), Star Wars: Episode I: Jedi Power Battles.

Você pode escolher entre um dos cinco Jedis de “A Ameaça Fantasma”: Obi-Wan Kenobi, Qui-Gon Jinn, Mace Windu, Plo Koon e Adi Gallia, e cair na porrada através dos 14 níveis do game, sozinho, ou como se fazia antigamente, com um coleguinha no segundo controle.

Muito ouvimos falar sobre “A Força”, mas nos filmes ela nunca mostrou todo seu potencial. Mesmo na maioria dos games, ela também não aparecia muito. Acho que pra consertar isso é que lançaram, em 2008, o jogo que melhor demonstra todo esse potencial – Star Wars: The Force Unleashed

Tido com uma dez melhores histórias já contadas sobre o universo de Star Wars, The Force Unleashed nos coloca no controle de Starkiller, um aprendiz secreto que Darth Vader conseguiu entre uma trilogia e outra. No jogo, ele usa a Força como ninguém jamais o fez em qualquer outro produto da saga, levantando soldados e os arremessando, disparando raios, lançando seu sabre, combatendo AT-STs e até derrubando um Star Destroyer. Em suma, ele chutaria a bunda de qualquer Jedi que tenha aparecido nos filmes.

Além destes que, na minha opinião, os 10 pontos altos da franquia Star Wars no video games, existem muitos títulos a serem explorados, como a série Battlefront, que teve sua última versão recém-lançada ou a franquia Knights of the Old Republic, muita aclamada pelos fãs de RPG. E também não poderia faltar LEGO Star Wars, com sua mecânica divertidíssima e a forma carismática de recontar as histórias.

Todos os jogos citados aqui são fáceis de se encontrar caso você queria experimentá-los e valem a pena serem jogados, principalmente porque a Disney, atual detentora dos direitos de Star Wars, descartou todo o universo expandido da serie, e esse games são o registro de tudo isso, que não pode ser simplesmente esquecido. Que a Força esteja com vocês, e, principalmente, com J.J.

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