Apesar de conter muitas cutscenes e diversos diálogos, a demonstração de Gravity Rush 2 que estava disponível durante a BGS 2016 era bem curta, e ainda assim poderosa: veio para mostrar sem delongas do que se trata esta continuação direta de um título de grande sucesso, anteriormente lançado apenas no PlayStation Vita, e recentemente remasterizado para PlayStation 4. Aqui, acompanhamos novamente a gravity shifter Kat e seu gatinho Dusty, em mais uma aventura repleta de mistérios e emoções.
Nos primeiros cinco minutos da demonstração, temos uma breve apresentação do que são os comandos que regem a protagonista e como funciona toda a mecânica de jogabilidade, em um tutorial prático e despojado. Ele serve para mostrar aos jogadores de primeira viagem todos os principais poderes que Kat possui, e que aqui estão habilitados desde o começo, o que inclui o básico (andar, correr e a movimentação da câmera, todos esses através dos analógicos), o intermediário (os controles de “shift”, isto é, a mudança de direção em meio à gravidade; e o arremesso, tanto de objetos quanto da própria Kat, através da criação de um campo de gravidade chamado Stasis) e o avançado (como batalhar usando golpes físicos nos inimigos terrestres e aéreos, e como usar os ataques especiais).
Os ataques especiais de Kat, aliás, são muito divertidos de serem usados, já que as mecânicas de combate são fluidas e intuitivas. Além dos chutes normais executados em terra, ela também tem o Gravity Kick, que a arremessa na direção do inimigo enquanto flutua na gravidade, e a faz acertar o oponente com um chute forte e preciso. Há também o Campo de Stasis, já mencionado anteriormente, onde ela cria um campo de gravidade e assim, arremessa objetos em inimigos ou os suspende do chão, e existe ainda o Wormhole Kick, onde a protagonista gira continuamente em seu próprio eixo (tal como um parafuso giratório) em pleno ar, e acerta chutes contínuos em um inimigo só, ou em vários, formando uma corrente de dano. Por fim, há o Surge Kick, onde após carregar sua energia, Kat se arremessa em um ponto fixo e causa um grande estrago ao redor da área atingida.
Os controles de navegação fazendo uso da gravidade podem parecer confusos a princípio, mas logo o jogador se acostuma – a dica é: prestar atenção nas instruções de como executar, e tentar até entender como funciona. Os gráficos de Gravity Rush 2, por sua vez, são belíssimos: inteiramente feitos em cel-shading, e com um efeito de suavização na iluminação, que lembram muito o trabalho do designer de Ico e The Last Guardian, por conta da leveza e da naturalidade da movimentação dos personagens, e da vivacidade e coloração dos cenários.
A demonstração a que tivemos acesso termina após uma boss battle contra um grande e poderoso Nevi – os inimigos comuns do jogo, que lembram pequenas sombras com um olho magenta gigante. Infelizmente, após chegar aqui, o jogador já dominou todas as técnicas de Kat, o que torna o desafio fácil, e encurta mais ainda a experiência de teste. Inclusive, não há a aparição de Raven, a aliada que contrasta com a heroína do game, nesta demonstração, e nem da nova personagem, Angel.
A sensação que ficou após o término desta pequena amostra de Gravity Rush 2, foi a de “quero mais”, não apenas pela diversificação de jogabilidade que o título oferece, mas também pelos gráficos que saltam aos olhos de tão bonitos que são. Infelizmente não foi possível conferir a trilha sonora, pois as estações com a demonstração do game não possuíam headphones. Contudo, já sabemos de antemão que a composição novamente cairá nas mãos de Kohei Tanaka, que além de ter comandado as músicas do primeiro jogo, é muito famoso por possuir em seu currículo uma lista de inúmeras composições para animes e para videogames, entre elas, Patlabor, The Violinist of Hameln, Sakura Wars, Alundra, Mobile Suit Gundam e End of Eternity.
Gravity Rush 2 será lançado em 30 de novembro de 2016 para o PlayStation 4.
