A Nintendo quer cuidar da sua saúde no futuro

O presidente da Nintendo, Satoru Iwata, andou falante nesses últimos tempos. Como um dos grandes responsáveis pelo plano de recuperação da empresa, ele tem dado entrevistas na imprensa internacional sobre as maneiras que serão usadas para que a companhia volte ao azul após anos de perdas. E, além de reduções nos preços de games para 3DS, o campo da saúde é um dos pilares dessa recuperação.

A iniciativa já havia sido comentada antes, mas agora, aparece com mais detalhes. Em entrevista ao Asashi News (via Kotaku), Iwata afirmou que a Nintendo trabalha em um sistema que vai ajudar os usuários a comerem melhor e praticarem exercícios de acordo com seu cotidiano e necessidades diárias. Exatamente como tudo vai funcionar, porém, não ficou claro, mas a ideia geral é que a plataforma usará smartphones e também os video games da companhia.

A Nintendo não é novata no campo do fitness e, inclusive, teve bastante sucesso com o Wii nesse sentido. A oferta semelhante no Wii U, porém, ainda é fraca e, para a “Big N”, a plataforma seria justamente a forma de trazer os jogadores que não migraram para a nova geração. Os esforços de saúde são tocados em um setor separado dentro da empresa, mas claro, está completamente conectado à sua oferta de jogos.

É isso que Iwata diz quando perguntado se a empreitada teria necessariamente a ver com os games. Para ele, a oferta não precisa estar relacionada diretamente a seus consoles, mas caso o usuário deseje, poderá fazer uso deles para sua rotina de exercícios em busca de uma vida mais saudável. O mesmo vale para o sensor de sono, que também vai analisar dados durante o descanso do usuário e compartilhá-los com uma rede de jogos e aplicativos.

O foco, então, se expande, do público gamer também para a galera mais casual que fez a fama do Nintendo Wii, mas ainda patina no novo console. Mais do que isso, trata-se de seguir também uma tendência de mercado e embarcar na onda da saúde enquanto ela ainda está em seu começo, assim como empresas como Apple, Samsung e Microsoft. Algo em que, todo mundo sabe, a “Big N” não tem mandado tão bem nos últimos tempos. Pelo jeito, agora, ela não quer mais ficar para trás.