Hoje em dia é de conhecimento geral que houve sim um Street Fighter 1, digo isso pois, em 1991, na cabeça de todo garoto que freqüentava fliperamas e botequins, nem se quer passava a questão: “Se é 2 deve existir o 1?” Mas o fato é que o primeiro jogo era tão ruim que nem vale ser lembrado. Porém, o brilho de sua seqüência ofuscou não somente ele mas algumas pérolas dos jogos de luta e é disso que vamos falar hoje, mais precisamente, de Fatal Fury.
Então você vai dizer: “Eu joguei Fatal Fury”. Sim, acredito em você, mas esse jogo só veio a se “popularizar” de verdade com suas versões de console.
Lançado apenas alguns meses após Street Fighter II, Fatal Fury com certeza não é uma cópia. Seria impossível um jogo muito mais completo e lançado num espaço de tempo tão curto ser uma cópia. Começamos pelo único ponto negativo em relação ao concorrente, o numero de personagens jogáveis, apenas três. São eles: Terry Bogard, Andy Bogard e Joe Higashi.
O lado bom de ter apenas três personagens jogáveis é que eles conseguiram dar ênfase a historia, já que eles tinham o mesmo objetivo. Convenhamos, contar a historia de três lutadores com objetivos em comum é muito mais fácil do que oito deles com historias distintas. Isso nos remete ao primeiro Street Fighter, de 1987, e não é coincidência. Fatal Fury foi desenvolvido por membros da equipe de produção de SF1.
Deixando o único ponto negativo de lado, falemos agora do que dá brilho a Fatal Fury. De cara, uma apresentação que diz muito mais sobre a historia do jogo do que apenas dois caras se socando.
http://www.youtube.com/watch?v=o3E090ewzEk
Outro ponto importante eram as cutscenes, inexistentes em Street Fighter II. Entre as lutas, você conhecia a historia do jogo, aprendia golpes e era introduzido ao vilão Geese e seu braço direito, Billy Kane.
Outro ponto principal era o sistema de combate muito mais profundo, baseado em dois planos de combate, característica que permaneceu na série ate o lançamento de Garou: Mark of The Wolves.
Fatal Fury é um presente aos olhos dos mais atentos, seus cenários são muito detalhados e apresentam também alterações no decorrer dos rounds, com os três períodos: dia, entardecer e noite.
O jogo também tem fases bônus, nada muito elaborado, apenas um mini game de esmagar botões. Fases bônus, porém, já não eram novidade, com Street Fighter 1 as introduzindo com bastante variedade.
Bem, antes de me despedir eu vou ter de confessar duas coisas. Primeiro, sou putinha da SNK e segundo, menti sobre Fatal Fury só ter um ponto negativo em relação a Street Fighter II. A verdade é que a jogabilidade do rival é infinitamente melhor. Em FF, assim como em SF1, era praticamente impossível executar certos golpes, só com muita insistência, pratica e controles quebrados.
Caso você tenha se interessado, Fatal Fury foi lançado primeiro nos arcades, mas saiu também para Mega Drive, Super Nintendo e Neo Geo. Ele também está disponível em coletâneas para o PlayStation 2 e no Virtual Console, do Wii e Wii U.