Confirmando os rumores surgidos mais cedo, o Twitch foi comprado pela Amazon nesta segunda-feira (25). Em uma carta aberta aos usuários do serviço de streaming, o CEO da empresa, Emmet Shear, fez o anúncio e agradeceu a todos que ajudaram a companhia a se tornar referência no segmento nestes últimos três anos.
Segundo ele, a decisão se deu exatamente pelo fato de a Amazon compartilhar a visão e os valores que nortearam sua marca a se tornar referência no segmento. Além disso, ele afirma que nada vai mudar e que, acima de tudo, o Twitch vai permanecer independente.
De acordo com o site Polygon, a compra foi feita no valor de US$ 970 milhões — aproximadamente R$ 2,2 bilhões na cotação atual. Isso confirma os boatos anteriores que afirmavam que o conglomerado estaria disposto a pagar algo próximo de US$ 1 bi pelo serviço.
Já Jeff Bezos, CEO da Amazon, salientou o fato de que o streaming de jogos se tornou um fenômeno mundial e que o Twitch é o principal nome no setor, acumulando bilhões de minutos jogados e assistidos todos os anos — isso sem falar a audiência em competições e conferências como aconteceu com o torneio The International e na própria E3.
Além disso, Bezos aponta que essa nova parceria vai beneficiar ambos os lados, seja aprendendo com o sucesso repentino do serviço recém-adquirido quanto ajudando-o a oferecer novas possibilidades aos jogadores e à comunidade.
Mas e o Google?
O anúncio de que a Amazon adquiriu o Twitch surpreendeu muita gente exatamente pelo fato de que todos os rumores e indicativos que surgiram até agora apontavam que a principal interessada em levar o serviço de streaming para casa era o Google. O que aconteceu para que houvesse essa virada de mesa tão repentina?
De acordo com fontes da Forbes, as negociações não foram para frente por conta da preocupação com medidas antitruste. Como o Google já possui o YouTube, que também oferece um serviço de transmissão de conteúdo semelhante ao Twitch, isso poderia gerar problemas nos órgãos reguladores norte-americanos. Diante da falta de um acordo de ambas as partes, a Amazon viu a brecha que precisava para fazer negócio.