Gears of War é uma das séries que mais dói em meu coração por não ter um Xbox. Tendo jogado inúmeras vezes a terceira edição na companhia de amigos, já é o suficiente para entender a devoção de algumas pessoas pela franquia.
Após a recepção morna de Judgement, a Epic Games dessa vez segue em frente com a história no seu quinto jogo, agora se passando vários anos desde a última aventura de Marcus e seu grupo de soldados. No estande da Microsoft na BGS, pudemos testar o modo Horda, que coloca cinco jogadores enfrentando ondas de Locusts e alguns inimigos inéditos.
Dentro de uma sala fechada e abafada, eu e mais quatro jogadores pudemos escolher nossos personagens e, pela primeira vez, escolher as classes de cada um. Todas as cinco opções oferecem armas diferentes que ditam o papel de cada um para sobreviver ao longo das 50 ondas de inimigos. O Sniper é o responsável por eliminar outros inimigos da mesma classe, que outros personagens não tem o alcance para tal, enquanto o Heavy cuida dos inimigos mais fortes que contam com uma blindagem reforçada, e por aí vai. Conforme o jogo se desenrola, é possível destravar cartas de customização, que podem ser usadas para modificar os atributos dos personagens de acordo com o seu estilo de jogo.
A adição de classes cria um senso de responsabilidade e papel a ser cumprido, pois os inimigos são extremamente variados e sagazes, e exigem que sua equipe responda à altura. Acabei escolhendo o Heavy, que carregava consigo um lança mísseis e uma versão antiga da Lancer. Os primeiros rounds não mostraram muito desafio, já que os inimigos sequer estavam armados e eram eliminados longe do ponto seguro que havíamos estabelecido. Outro aspecto importante é a necessidade de escolher um bom lugar para se estabelecer e plantar suas armadilhas e barricadas, que agora podem ser colocadas em qualquer lugar do cenário.
A partir do quinto round, as coisas começaram a apertar para o nosso time, pois passamos a enfrentar criaturas mais fortes, como o Pouncer, exigindo mais da nossa atenção. Alguns membros do time acabaram sendo derrubado pelos Locusts que se aproveitavam de nossa distração, mas ainda assim conseguimos prevalecer até o round 10. A aparência truculenta de todos os personagens cria uma ilusão de que você pode tomar muito dano sem ficar incapacitado, uma lição que aprendi duramente em alguns rounds mais avançados, quando eu investia em direção de um inimigo com a minha serra mas acabava sendo alvejado antes de alcança-lo. Uma mistura da arrogância de nosso time, aliada a uma falta de comunicação generalizada nos fez perecer no décimo round da partida, quando nossos inimigos penetraram nossas defesas e nos aniquilaram um a um.
Ainda que tenha tido uma lição de humildade e sobre o trabalho em equipe, a experiência como um todo foi extremamente intensa e violenta, como todo jogo da série tem que ser. Ainda é preciso ver como a história seguirá daqui pra frente (sendo esse o segundo jogo sem o seu idealizador máximo, Cliff Bleszinski), mas em questão de jogabilidade, a série parece estar seguindo em um rumo promissor.
Gears of War 4 está programado para sair dia 11 de outubro para PC e Xbox One
