Os últimos meses foram de absoluto silêncio para os fãs e apoiadores de Kriophobia, o game de terror que é produzido pelos brasilienses da Fira Soft. Após uma presença estrelada em eventos como a Comic-Con Experience e a Brasil Game Show – onde o título, inclusive, chamou mais a nossa atenção do que muito blockbuster – o game passou por uma campanha fracassada no Kickstarter, que modificou completamente os planos. Ao que parece, porém, essa alteração se deu para melhor, como conta o diretor criativo Felipe Modesto.

Em entrevista ao NGP, ele conta que o desenvolvimento de Kriophobia foi interrompido após o fim malsucedido da campanha de financiamento. A Fira Soft seguiu para outros projetos, mas como ele mesmo conta, não se esqueceu de seu primeiro game autoral. Por isso, continuou fazendo planos para ele e montando um cronograma que fará com que o título volte a caminhar no mês que vem, de forma paralela a outros trabalhos da produtora.

“Infelizmente não chegamos à meta financeira, mas conquistamos o público”, afirma Modesto. E o sucesso do título nos últimos meses pode acabar rendendo um parceiro de peso, a Sony, que está em negociações com a Fira Soft para levar Kriophobia às plataformas PlayStation. O diretor criativo deixa claro que nada está fechado ainda, mas que a Fira deve receber os kits de desenvolvimento em breve e começar a trabalhar em possíveis versões em um futuro próximo. As versões PC e mobile também continuam nos planos.

Além disso, a empresa busca agora novas formas de financiar o game. Reuniões com o BNDES, em busca de um investimento federal, e publicadoras internacionais também estariam acontecendo. Em último caso, a empresa vai utilizar fundos próprios, empréstimos bancários e até mesmo novas etapas de financiamento coletivo para fazer com que Kriophobia vire realidade. Tudo depende, claro, de parceiros e contratos.

O mesmo vale também para o formato, que deve deixar de lado a distribuição episódica para adotar um estilo mais tradicional, com o jogo sendo lançado na íntegra. Essa alternativa também depende dos acordos firmados, mas a ideia é otimizar os custos e o trabalho da equipe, além de tornar todo o processo de produção mais dinâmico.

São muitas as opções e um caminho exato ainda não foi decidido. Mas se tem uma coisa que a Fira Soft quer deixar clara, é isso: “Kriophobia ainda está vivo”, como fez questão de afirmar o diretor criativo. E isso, por si só, já é uma ótima notícia.

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