É hora de mudar o paradigma da indústria dos games. Essa foi a grande mensagem que a Oculus quis passar nesta quinta-feira (11), quando, finalmente, apresentou ao mundo a versão final do Rift, seu aparato de realidade virtual com foco em jogos, mas não apenas para isso. O aparelho deve ser lançado no primeiro trimestre de 2016, mas não teve preço revelado.

Mais leve e com um sistema de som melhorado, o produto chega para garantir a maior imersão possível para o usuário. Isso será feito por meio de uma dupla de telas OLED que atuam como visores. Colados nos olhos do jogador, eles garantem que as bordas do display não sejam vistas.

Com a ajuda de um sensor de movimento também feito para ser discreto e funcional, a ideia é que os visuais acompanhem o usuário. Assim, caso ele se mova, o protagonista do game ou aplicação se move com ele. Visitas virtuais e jogos de tiro, além de títulos que envolvem grande perseguição ou terror, são as apostas óbvias para mostrar ao público o que exatamente essa tecnologia é capaz de fazer.

O produto virá acompanhado de um joystick. Para a fabricante, o acessório será essencial para a experiência, e sendo assim, por que não se unir a um dos principais nomes desse segmento? Em uma união com a Microsoft, todos os Rifts virão acompanhados de um controle sem fio do Xbox One e um adaptador wireless para PC, uma possibilidade que Phil Spencer, diretor da marca Xbox, se mostrou bastante satisfeito em apresentar.

Outras evoluções de design permitiram que o Oculus Rift se tornasse mais confortável para quem precisa de óculos para enxergar. Revestido de tecido, o aparelho também está mais confortável e tem reguladores para a posição das telas e também para as correias de sustentação, de forma a ser ergonômico, uma das principais reclamações e preocupações que sempre envolvem o uso prolongado de equipamentos de realidade virtual.

Tudo funcionará, claro, a partir de um marketplace dedicado. A Oculus Home, como está sendo chamada, permitirá que os usuários comprem jogos, chequem novidades e acessem a lista de amigos sem precisarem tirar os óculos, trazendo a realidade virtual também para experiências cotidianas como estas.

Amizade é tudo

Mas o que seria do Rift sem sua parceria com desenvolvedores? É claro que eles também teriam espaço na conferência da Oculus na E3, e quem liderou a apresentação, aqui, foi a Microsoft. No palco, Spencer anunciou que a integração entre o Xbox One e o Windows 10 vai permitir que jogos exclusivos do console também sejam jogados com o Rift, e que as desenvolvedoras first-party da empresa estão trabalhando ao lado da Oculus para garantir isso.

A primeira demonstração dessa possibilidade, porém, não empolgou. A Microsoft mostrou o Oculus Rift criando uma simulação de uma sala dentro do ambiente de realidade virtual, com Forza Motorsport 6 rodando em uma TV virtual. Afinal de contas, é raro um jogador estar na sala jogando um game de console pela televisão, uma possibilidade que, agora, o equipamento poderá proporcionar a todos.

Outras empresas estão nesse barco e já trabalham em games para o Oculus Rift. A CCP, por exemplo, apresentou EVE: Valkyrie, que quer tornar as dogfights da série espacial muito mais imersivas. Entre os outros nomes envolvidos, temos a Insomniac Games, Harmonix e Playful, todas com propostas exclusivas para o equipamento que chegarão junto com ele, em seu lançamento.

Passando longe das grandes empresas, a Oculus VR também anunciou que pretende investir US$ 10 milhões no desenvolvimento de títulos independentes para o Rift, como uma forma de incentivar o uso da tecnologia e também a criação de estúdios menores. A compatibilidade completa com engines como a Unreal e a Unity também deve facilitar a vida dos produtores de jogos.

One more thing…

Mas a principal surpresa não foi a data de lançamento do Rift nem os games da plataforma, mas sim, a revelação do Oculus Touch, uma nova interface de controle que faz às vezes de joystick e sensor de movimento. A ideia é permitir que o jogador interaja com os games utilizando as próprias mãos, da forma mais natural e parecida com a realidade possível.

Gestos também serão reconhecidos pelo acessório, assim como ações feitas com os dados para manipulação de objetos. Os acessórios funcionam sem fios e ainda estão em fase de protótipo, com o codinome Halfmoon. No momento, se parecem com um Nunchuk do Wii, com sensores ao redor da mão do jogador para rastreamento adicional.

Mais novidades, bem como outros títulos que terão suporte ao Rift, deverão ser anunciados ao longo da E3. A feira começa nesta terça-feira (16) e você poderá toda a cobertura, com vídeos ao vivo e especiais, aqui pelo NGP.

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