Por um breve momento, que durou alguns meses, apenas, muita gente acreditou que o futuro dos games estava no Facebook. Assim como qualquer outra novidade que arrebata milhões muito rapidamente, a rede social, por um breve momento, se tornou a casa dos games casuais e houve quem dissesse que era para lá que a indústria ia convergir. Ledo engano, foi só uma onda, e o mundo casual rapidamente se moveu para os celulares e tablets.
Ainda assim, o Facebook ainda conta, hoje, com mais de 375 milhões de jogadores entre seus mais de um bilhão de usuários. E a rede social, agora, está disposta a retomar o terreno perdido, por meio de ferramentas voltadas aos desenvolvedores, para que eles lancem os mesmos games disponíveis de forma mobile também para navegadores, e claro, por meio da rede social.
A ideia, aqui, é atrair os produtores de jogos com dólares. O Facebook é, hoje, um dos principais players em publicidade na internet. Assim, o lançamento de um jogo móvel também na plataforma pode trazer muitos dinheiros adicionais para as contas bancárias das pessoas, o que para muitos desenvolvedores independentes e pequenos, pode fazer toda a diferença.
Apesar disso, como mostra a reportagem do Polygon, a integração entre os títulos ainda não é completa. Jogos como FarmVille 2: Country Escape, por exemplo, não permitem que o jogador continue seu progresso em ambas as plataformas, mas deixa que ele mande itens entre suas duas fazendas, facilitando a vida. O mesmo deve começar a valer para outros títulos no futuro, ou ainda, abrir as portas para versões específicas que, para os fãs e viciados, serão um prato cheio.
Mas a ideia, de maneira geral, mudou. O Facebook não quer mais se posicionar como um concorrente do mundo mobile, e sim como um parceiro, mantendo seu próprio espaço no mundo dos jogos casuais e permanecendo como mais uma opção. O que, para muita gente que está tentando lançar seus primeiros jogos, pode parecer como algo bem interessante.
Além disso, sempre existe a ideia de garantir itens e benefícios exclusivos para quem jogar ambas as versões. Quase como nos games de consoles que possuem funções específicas na segunda tela, por exemplo, a rede social quer criar um ecossistema integrado, que não atue contra, mas sim, a favor dos produtores.
Isso inclui, até mesmo, a possibilidade de criação de aplicativos na rede social que levem os usuários até os jogos. Inicialmente, como explica a empresa, carregar usuários para fora de si mesma não parece uma boa opção, mas ela está pensando no futuro. A ideia é aumentar o engajamento dentro das páginas da rede social e aumentar o fluxo de usuários por lá. Algo que, pelo menos no plano de negócios, parece ser uma situação onde todos os lados saem ganhando.