Em seu comunicado oficial sobre o fechamento da desenvolvedora Mythic Entertainment, o co-fundador do estúdio, Mark Jacbos, fez uma homenagem às pessoas. Para ele, são os próprios produtores de jogos que lá trabaharam – e não os títulos como Warhammer Online e Dark Age of Camelot que ficarão para a história.
Em texto publicado na íntegra pelo Eurogamer, o executivo conta a história de um estúdio que acreditou, desde o início, nos MMORPGs, mesmo quando a internet banda larga ainda dava seus primeiros passos, no fim dos anos 90. Para ele, aquilo que era visto como um nicho sempre foi mais do que isso e, hoje, se sente feliz em ver que estava certo e com a percepção de que muitos dos títulos criados pela empresa firmaram as bases de grandes expoentes atuais do gênero.
Enquanto o processo de desenvolvimento de Dark Age of Camelot é citado com orgulho – com Jacobs afirmando que o game é um dos melhores MMORPGs lançados até hoje –, o tempo dedicado a Warhammer Online contém alguns mea culpas. O executivo conta que, por falha própria e uma falta de visão dos responsáveis na Electronic Arts, o título acabou chegando ao mercado cheio de falhas, sendo efetivamente lançado antes de estar completamente finalizado.
Mas as desculpas, neste momento, não são direcionadas aos jogadores. Jacobs conta que, desde o anúncio do fim da Mythic, anunciado pela EA na última sexta-feira (30), ele e seu sócio Robert Denton estão falando com os funcionários um a um. A ideia é garantir que eles fiquem tranquilos nesta transição e, acima de tudo, entendam que a demissão não tem a ver com uma decisão da dupla, e sim, de desígnios superiores.
Segundo a Electronic Arts, o fechamento da Mythic faz parte de um processo de reorganização interna do segmento de jogos mobile, no qual a desenvolvedora vinha trabalhando no momento. Apesar da companhia não ter confirmado tal aspecto oficialmente, as críticas negativas a títulos como Ultima Forever e o reboot de Dungeon Keeper para celulares também podem ter feito parte da decisão.