Em março de 2014, um projeto mobile da desenvolvedora Cygames foi lançado no mercado japonês, chamando a atenção pelos nomes envolvidos. Nobuo Uematsu, notável compositor de games da série Final Fantasy, bem como o diretor de arte Hideo Minaba, que também atuou ao lado do músico em clássicos RPGs como Final Fantasy V, Final Fantasy VI, Final Fantasy IX e Lost Odyssey. Tal projeto recebeu o titulo de Granblue Fantasy, nome este que mostra que suas semelhanças com a série da Square Enix não são mera coincidência.

No papel do protagonista Gran (caso masculino) ou Djeeta (se feminino), a clássica “jornada do herói” tem início quando uma nave do Imperio Erste surge sobre a vila onde o protagonista vive. Nela, a oficial imperial e exímia espadachim Katalina está em fuga, acompanhando a jovem Lyria, e são auxiliadas por Gran a enfrentar seus perseguidores do Império.

Em meio à luta, Gran é ferido mortalmente, forçando Lyria a usar seus poderes para salvar sua vida, ocasionando a fusão de suas almas e ligando suas vidas dali em diante. Ela se revela uma poderosa invocadora, convocando uma criatura chamada Bahamut para dar cabo das forças que os perseguiam. A partir de então, os três personagens iniciais partem em uma jornada de lutas, descobertas e aventura. Bem familiar não?

A jogabilidade se dá na forma clássica de batalhas em turno, tendo como elementos de jogabilidade as classes dos personagens que mudam seus equipamentos e estilos de luta. Magias são baseadas nos elementos e as invocações ficam aqui conhecidas por “summons”, como na série Final Fantasy. Assim como as classes e as armas, os summons podem ser equipados aos personagens garantindo bônus e vantagens nas batalhas que, vale destacar, são graficamente e artisticamente muito interessantes.

Com versões gratuitas para Android, iOS e browsers, seguindo a politica mobile “free-to-play”, o jogo obviamente se vale das micro-transações, mais especificamente as famigeradas “loot-boxes” que tanto tem causado transtornos no mundo dos games. Grandblue fez grande sucesso nesse sentido, tendo sido baixado mais de 22 milhões de vezes até o fim de 2018, bem como também sofrendo com acusações dos jogadores por abusar nas compras in-game.

Uma versão internacional foi prometida para 2016 mas, até o momento, apenas uma atualização contendo a tradução para inglês foi lançada, com Granblue Fantasy continuando inacessível para o mercado ocidental por meios oficiais.

Este breve histórico serve para mostrar que, apesar de simples, Grandblue Fantasy tem nomes importantes no seu desenvolvimento, uma trama clássica que remete a nostálgicos RPGs da era 16-bits e que os próximas iterações da série para os consoles da atual geração possuem um enorme potencial. Vamos explorar esses novos títulos prometidos, Granblue Fantasy: Relink e Granblue Fantasy Versus, em próximos artigos aqui no site, bem como a série em anime que serve como excelente porta de entrada para esse universo.

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