Apesar de a coluna se chamar “INDIEcações”, eu indico evitar este jogo caso disponha de pouco tempo livre para seu lazer. Apesar da premissa de Tower Defense casual com pegada de humor e da história onde hordas de coelhos invadem cidades medievais e roem de tudo, desde moinhos a princesas, o desafio se torna repetitivo e o fator diversão ficou em segundo plano, atrás da programação. Antes de dar o veredito final, vamos analisar os poucos quesitos que Fluffy Horde possui.

Antes de qualquer coisa, já esclareço que testamos a versão Alpha, então a análise será sobre a Build mais recente e muita coisa pode mudar até o lançamento previsto para setembro. Primeiramente, o jogo é tão simples quanto parece, não existem opções além de jogar ou sair do aplicativo, e, com o mouse (ou no mobile, a touchscreen), você controla tudo que precisa. O sistema é bem fácil de perceber: o jogador coloca soldados para combater os coelhos e fazendeiros para juntarem dinheiro para contratar mais guerreiros, fazer upgrades nas armas. Com a seleção, pode movimentá-los usando o estandarte de cada um e posicionando onde desejar.

O Pixel Art é bem simples e bonito, lembrando Half-Minute Hero, de PSP, mas não espere a mesma velocidade do título citado. Aqui ,a estratégia impera e o jogo te obriga a manter o controle monetário para sobreviver às situações mais inusitadas, como uma chuva de coelhos, a princesa que quer encontrar as besties e bezerros que precisam mamar em plantas que cospem leite. Tudo o que você precisa é limpar o caminho, sempre mantendo o coelhocídio em alta para que o medidor de reprodução não se preencha e a partida seja encerrada. Por isso, vale tudo, desde levantar pontes até usar pessoas vestidas de cenoura para atraí-los ao abismo. Além de toda essa situação, existem as medalhas a serem conquistadas se certas condições forem atendidas, nada muito difícil quando se acostuma.

Algo que achei muito estranho foram as limitações de controle do jogo, como não poder navegar pelo mapa, até as fases que precisam ser feitas, me obrigando a re-jogar todas as que já tinha passado, sempre com música igual em todas. Os efeitos sonoros cabem direitinho, mas estar sempre ouvindo a mesma trilha foi tenso. Apesar das falas divertidas de alguns personagens, principalmente o cosplayer de cenoura, quase joguei no mudo. A falta de variação nos objetivos também foi frustrante, com se estivesse refazendo uma fase, mas em outro contexto.

Apesar de existir o fator nostálgico do Pixel Art, o apelo fofinho dos coelhos e o viés cômico da história, Fluffly Horde serviria para distrair-se em uma viagem de ônibus ou metrô, mas em um console, não sei se valeria a pena. Espero que, até o lançamento, mais recursos sejam adicionados, como mais tipos de guerreiros, como um mago, e um construtor de barreiras “comestíveis” (já que os coelhos comem até concreto neste jogo), alteração nos ataques dos guerreiros quando melhorados e mais músicas!

Quem gosta de jogos do gênero encontrou mais um título e espero que aproveitem mais do que eu. Na contra-mão da minha opinião, Fluffy Horde já recebeu cinco prêmios e ganhou sinal verde no Steam Greenlight, então, experimente sem grandes expectativas. Espero que se divirta.

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