Achou que aqui só se falava de jogos 2D? Achou errado otário! É com essa piadinha datada que vamos falar de um estilo também datado, que foi lindamente recuperado da era 32-bits, o plataforma 3D. Foi um desenvolvedor solo que resgatou tudo isso em Pumpkin Jack, o game de ação que mistura comédia e terror no melhor estilo Tim Burton, mas sem o Johnny Depp, mas com muita ação e diversão!

Certa vez, estava Nicolas Meyssonnier com a engine Unreal aberta. Ele decidiu fazer, sozinho, o que sempre sonhou: um jogo que trouxesse de volta o desafio e diversão de jogos antigos da infância, mas com seu toque pessoal de humor e referências clássicas de MediEvil e até Maximo: Ghosts to Glory, o que torna tudo mais legal. O que este jovem francês não sabia é que havia despertado uma grande leva de fãs nostálgicos desse estilo, que havia sido abandonado na era 128-bits, dando origem a uma era de jogadores que não sabiam pular sobre buracos em 3D, terror esse que retorna junto de um personagem carismático e seus amigos animais enquanto tenta acabar com a bondade no mundo, que só traz tédio aos demônios.

A história é bem simples: o mago demoníaco está achando essa paz toda um saco. Para bagunçar as coisas, criou Pumpkin Jack pra atormentar os reinos, o problema é que já existiam outros monstros nessa história. Agora, ele precisa descobrir quem lhe passou a perna e o jeito mais adequado para isso é na porrada honesta. Como o protagonista tem uma autoestima elevada, não vai ter espaço pra muito diálogo, senão com os animais da floresta que o tratam como um qualquer, mas o ajudam: a coruja salva e orienta e os corvos viram uma arma eficiente, mas lenta na recuperação, diferente das espadas, machados e tudo mais.

A ambientação do jogo é ótima, a trilha sonora e efeitos sonoros são bem feitos e não existe aquela familiaridade de efeitos sonoros retirados de banco de sons genéricos. Os gráficos são belos, com o jogo de cores onde o verde e lilás predominam, deixando tudo com um visual dark, mas nem tanto, valorizando os outros tons que vão surgindo nos inimigos e itens, sem prejudicar a visão do cenário. As câmeras são bem úteis e inteligentes, enquanto os comandos respondem bem, tudo o que é necessário para que um jogo de ação conquiste o carinho dos usuários, pois, em alguns momentos, será necessário precisão, seja nos pulos, esquivas ou cancelamento de ataques, já que o inimigo não espera pra contra-atacar, aparecendo também em bandos.

Como o foco de Pumpkin Jack está nos combates, é importante saber lidar com o limitado espaço, pois o jogo é linear como se fosse 2D. Seguimos por um caminho semelhante a uma estrada medieval, com cercas e rios mortais, e os espaços abertos são raros, em plantações ou vilas. Quem não dominar os modos de esquiva e ataque vai passar nervoso, já que o jogo não é difícil, mas cobra atenção. Os monstros vão para cima sem dó e, às vezes, surgem em variados tipos, sendo necessário lidar com diferentes padrões de ataque ao mesmo tempo. A favor do jogador estão pulos, desviadas, ataques à distância com o corvo e certamente outros modos que só veremos depois, pois a demo tem apenas meia hora de duração.

Pumpkin Jack vai além do esperado e varia os modos de jogo, como antigamente, onde o personagem muda de forma e tem desafios a cumprir além da pancadaria. Isso torna a experiência mais rica e gratificante, convidando ao avanço pela obtenção de novas armas e habilidades em uma curva de aprendizado interessante. O título pode ser o novo “namoradinho indie” do grande público, com ação divertida, desafio moderado e nenhuma violência que não a cartunesca. Baixe a demo agora mesmo e embarque nesta aventura do lado oposto, com malvadões querendo escrotizar a paz dos humanos bobões!

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