Como uma das maiores feiras de tecnologia do mundo, a CES 2015 está sendo o palco de grandes revelações no mundo mobile. Mas a Intel, uma das principais fabricantes de chips do mundo, dedicou um espaço em sua conferência sobre novos produtos para falar de diversidade e anunciou um investimento de mais de US$ 300 milhões em diversidade nesse setor.
Como parte de um plano com novas práticas internas, a empresa pretende investir esse valor em uma reorganização de sua estrutura gerencial e na contratação de mulheres e representantes de grupos minoritários. Até 2020, a Intel pretende atingir uma porcentagem ideal nesse sentido e ter um quadro de funcionários mais diverso e representativo.
O mesmo vai acontecer externamente, com outros US$ 300 milhões investidos nas áreas de ciências da computação, engenharia e produção de games. Aqui, a Intel trabalha com organizações como a Feminist Frequency, a Associação Internacional dos Desenvolvedores de Jogos e o Centro Nacional pelas Mulheres na Tecnologia. Apesar de não existirem metas específicas, aqui o objetivo é semelhante: tornar o mercado mais representativo por meio de um foco maior na contratação e promoção de mulheres, homossexuais e negros, por exemplo.
O CEO da Intel, Brian Krzanich, afirmou que esse é o melhor caminho não apenas para promover a pluralidade, como também para criar novas oportunidades de negócio. Uma maior diversidade na equipe de desenvolvimento de produtos, para qualquer empresa, resulta também em uma maior conexão com o público, uma vez que um acaba sendo o reflexo do outro. O executivo afirmou que trata-se de “tornar o impossível, possível” e gerar mais entendimento.
As propostas também vêm em resposta ao GamerGate. Em outubro do ano passado, a Intel foi duramente criticada por remover uma campanha publicitária no site Gamasutra, onde uma matéria escrita por Leigh Alexander criticava duramente o público gamer por sua postura diante de desenvolvedores e jogos.
A mudança, de acordo com a companhia, veio em resposta à pressão dos leitores e também era parte de uma campanha contrária, voltada contra as empresas que apoiassem tais publicações. Na época, a Intel pediu desculpas publicamente sobre a atitude e disse ter sido mal interpretada pelo público, já que sempre teve posturas em prol da diversidade.
Com informações do GamesIndustry.