Para muita gente, uma das principais vantagens do Good Old Games em relação ao Steam é o fato dos títulos da plataforma não exigirem nenhum tipo de verificação ou autenticação. Basta baixar o instalador, rodá-lo e você já tem acesso ao jogo. Com o lançamento do Galaxy, sua plataforma de distribuição digital, a empresa pretende permanecer fieis a esses princípios.

A longa matéria publicada pelo Eurogamer já começa com palavras fortes: “os jogadores não são criminosos e não precisam de DRM”, afirma Guillaume Rambourg, vice-presidente do GoG para a América do Norte. Segundo ele, os sistemas de verificação não fazem nem cócegas em quem está praticando a pirataria, enquanto permanecem como uma pedra no sapato dos jogadores que pagam tudo certinho e apenas querem jogar sem serem incomodados.

É o caso, por exemplo, do que passaram recentemente os compradores de Watch Dogs. Quem tentou jogar o game da Ubisoft em seu primeiro dia nas lojas, principalmente no PC, encontrou diversas dificuldades de autenticação com o serviço uPlay e, em boa parte do tempo, simplesmente ficou sem poder aproveitar o título recém-comprado.

Para Rambourg, os jogos já são caros demais e os usuários não precisam passar por esse tipo de coisa. Na visão dele, a indústria deveria tratar os jogadores não apenas com respeito, mas também com carinho, em vez de obriga-los a se sujeitar a processos trabalhosos de verificação daquilo que eles estão fazendo corretamente. “O DRM não protege o produto. Ele machuca os fãs e as franquias”, completa.

E para mostrar que está certo, o executivo cita o caso de The Witcher 2: Assassins of Kings, liberado sem nenhum sistema do tipo por meio do GoG e com o procedimento normal de verificação pelo Steam. Adivinhe? A primeira versão a surgir nos torrents da vida foi, justamente, um crack desse segundo lançamento, enquanto o instalador simples do título apenas surgiu para download diversos dias depois.

Rambourg também cita dados para mostrar a força que tem uma plataforma livre de DRM: são dois milhões de usuários por dia, 755 jogos disponíveis em seu portfólio e um patamar de lucratividade atingido em sua primeira semana de funcionamento. A falta de DRM não apenas não gerou a morte do serviço, como muitos falaram, mas muito pelo contrário, é visto como um fator fundamental em sua prosperidade.

Sendo assim, ele cita o Galaxy mais como um adicional do que como algo essencial. Quem escolher utilizá-lo poderá contar com serviços como um marketplace online, comunidade de jogadores e perfis pessoais. Caso desejem, porém, os usuários podem continuar usando o GoG tradicional e baixando os instaladores dos jogos diretamente.

O objetivo do Galaxy, porém, é maior do que simplesmente aumentar o contato entre os jogadores. Para Rambourg, o objetivo final é acabar com os medos “irracionais” da indústria e garantir um mercado livre de DRMs. E essa, sim, é uma tarefa ainda mais difícil do que lidar com o uPlay e outros serviços de verificação.

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