Você pode não concordar, mas John Carmack é a favor da venda da Oculus VR. O responsável pelo setor de tecnologia e um dos figurões da tecnologia de realidade virtual atualmente defendeu a aquisição feita na semana passada pelo Facebook, afirmando que o Rift possui potencial para se expandir de forma independente e orgânica, com a rede social sendo agora o principal motor para isso.
Ele comparou a situação atual com a da Valve e o Steam, que evoluiu de ferramenta de venda de jogos para incentivador da produção independente e uma plataforma também para a comercialização de softwares. Para Carmack, o Facebook também enxerga o mercado no longo prazo e acredita que a empresa está compromissada a levar a missão da Oculus VR até o fim, tanto no campo dos games quanto em todos os outros.
O ex-id Software também disse não se desesperar com as invasões de privacidade promovidas por empresas como a rede social, afirmando que a perda de um pouco da confidencialidade pode ser compensada por diversas oportunidades e funcionalidades. A ideia é que as companhias interajam com seus usuários e prestem atenção no que eles estão fazendo, como uma forma de prosperar e seguir em frente.
Pessoalmente, Carmack afirmou ter ficado surpreso com o interesse do Facebook pela Oculus VR, dizendo não esperar que uma aquisição do tipo fosse acontecer tão cedo. Ele diz ver outras companhias com sinergias mais óbvias e deu a entender que se unir com companhias maiores para popularizar o Rift era apenas uma questão de tempo.
As declarações vieram em comentário a um artigo de Peter Berkman, compositor e líder da banda Anamanaguchi. Em um post chamado “As razões certas e erradas para se chatear com a Oculus”, ele afirma que a criação de um monopólio de informação e a destruição de boas ideias sob interesses corporativos são motivos muito maiores para se revoltar do que uma possível reformulação do Oculus VR ou a exibição de anúncios durante o uso.