Marco zero… ou quase isso.

Certas franquias são envoltas por um ar de magia e mistério, muito por culpa de seu rebuscado background disperso em vários jogos, sub-franquias e até consoles diferentes. Da mesma forma, tantos nomes, siglas, facções e termos como LA-LI-LU-LE-LO podem atrair alguns ou afastar outros jogadores. Metal Gear Solid: Ground Zeroes se encaixa perfeitamente nesta descrição.

Novo mundo aberto, nova jogabilidade.

Metal Gear Solid é uma franquia amada por uns e odiada por outros, tanto por seu lore como pelas mecânicas que, nesta última encarnação, estão mais refinadas do que nunca, dando outra dimensão ao gênero stealth. A base militar denominada “Campo Omega”, onde se desenrola a trama, não é tão gigantesca assim, mas possui inimigos, situações e ambientes diferentes o suficiente para te manter imerso no mundinho proposto pelo game.

As mecânicas estão mais refinadas do que nunca e, nessa última encarnação, dão outra dimensão ao gênero stealth

Você já deve ter lido ou ouvido por ai afora muito sobre o maior “defeito” do game, sua duração. Vamos direto ao ponto, você vai terminar a primeira missão que da nome ao jogo entre 1h30 e 2h. Depois, será apresentado a mais objetivos que são tão ou mais divertidos que o principal, desde infiltração, passando por eliminações de inimigos e até mesmo resgate a um “figurão muito importante”. Somando a missão principal às demais secundarias, você pode passar de cinco horas de jogo facilmente, isso sem contar as conquistas a desbloquear e recordes a quebrar.

Atento às evoluções do mercado.

A série MGS sempre buscou inovar em como o jogador interage como o game. Desta vez, porém, podemos dizer que as inovações são mais modestas, buscando apenas atualizar o gameplay com o que os concorrentes têm apresentado. Tais elementos têm se tornado padrão na industria de desenvolvimento.

Um exemplo disso é o novo sistema de marcação de inimigos no cenário onde, após observar um soldado com seu binoculo, você poderá acompanhar seus movimentos mesmo através das paredes, o que elimina a necessidade de uma mapa no canto da tela, como nos capítulos anteriores.

Também podemos citar a movimentação de Snake muito mais fluída e intuitiva, com o personagem se abaixando automaticamente ao se aproximar de uma mureta ou assumindo uma posição mais defensiva quando em meio ao fogo cruzado. Em pouco tempo você vai se acostumar com os novos controles e se sentir na pele do Big Boss como nunca!

Demo paga?

Não importa a plataforma que você irá jogar, o jogo está muito bonito em todas elas. Mas, se for para colocar em ordem decrescente, temos o PlayStation 4 em primeiro, seguido do Xbox One e, depois, do PS3 e XBox 360.

O valor agregado no game vale cada centavo, mais ainda se você for um fã da franquia. Obrigatório!

Você acha que o jogo é muito caro? US$20, algo em torno de R$45, em um DLC com duração de mais de cinco horas? Você provavelmente já comprou jogos mais caros e com duração bem menor.

É bem verdade que a intenção do criador da franquia, Hideo Kojima, era a de lançar o jogo completo. Mas, como o desenvolvimento ainda vai levar alguns meses, a Konami decidiu aumentar seu faturamento no ano fiscal que estava prestes a fechar. Assim, a Kojima Production foi forçada a lançar esse capitulo do game à parte. Ossos do oficio.

As versões de Metal Gear Solid V: Ground Zeroes estão disponiveis para Playstation 3, Playstation 4, Xbox 360 e Xbox One com preço de US$19,90 na sétima geração e US$29,90 nos novos consoles (R$45 e R$65 respectivamente). O valor agregado no game vale cada centavo, mais ainda se você for um fã da franquia. Obrigatório!

Este jogo foi testado no PlayStation 3.