Parece que a tendência de alta e pouco impacto nas vendas de jogos no Brasil não se refletiu também no mundo dos consoles. De acordo com as informações do UOL Jogos, esse setor apresentou baixa de 21% nas vendas em 2014, acumulando R$ 633 milhões e com um milhão de aparelhos fabricados por aqui, um número que também representa queda, de 24%. Os números são referentes ao Xbox One, Xbox 360 e PlayStation 3, que são os video games fabricados por aqui.
Os grandes vilões aqui, como sempre, são os preços e a alta carga tributária. Por mais que a chegada oficial das plataformas por aqui tenha reduzido sensivelmente os valores, ainda é possível encontrar aparelhos mais baratos no “mercado cinza”. E quando se fala em preço, o consumidor, com razão, tende a sempre escolher o mais barato, mesmo com mudanças na procedência.
A instabilidade econômica do país, como um todo, e o aumento nos valores de serviços básicos também teriam impactado diretamente na produção de consoles e também no total de empregos, que teve queda de 6%. Hoje, são quase 2,5 mil pessoas trabalhando nas empresas que fabricam os video games, mas que também estão envolvidas na produção de outros equipamentos eletrônicos.
A chegada da nova geração foi apontada, também, como um fator para a redução nos números, uma vez que o PlayStation 4 ainda não é fabricado oficialmente por aqui. Importado pela Sony, ele tem preço oficial de R$ 3.999, mais do que o dobro do que pode ser encontrado no mercado informal. Uma possível fabricação do console por aqui já em 2015, porém, é vista como uma boa expectativa para que os números voltem a crescer.
Em entrevista ao IGN Brasil, o diretor da Sony para o Brasil, Anderson Gracias, afirmou que a produção nacional do PS4 deve sim trazer uma redução no preço oficial. Por outro lado, ele não revelou quando esse processo deve começar a acontecer, afirmando apenas que esse “é o sonho de muita gente” envolvida no processo.
Gracias lembra que a fabricação nacional do PS3 começou apenas no sexto ano de vida do console, mas que agora, a ideia é trazer o sucessor dele muito antes. Mas, claro, existem uma série de legislações e processos que precisam ser atendidos antes que a produção nacional efetivamente comece, portanto, informações mais concretas só poderiam ser anunciadas quando a fabricação estivesse efetivamente próxima de ser iniciada.