Desde seus primórdios, a franquia Metal Gear sempre foi bastante crítica à indústria da guerra e da posição política externa de alguns países. No próximo game da série, não poderia ser diferente, e a história, apesar de situada no passado, irá criticar temas atuais como a prisão americana de Guantánamo, bem como a ameaça de guerra nuclear entre grandes potências.

A história traz muitas coincidências para ser apenas isso. Uma base naval americana na costa de Cuba é a “casa” de prisioneiros políticos que vivem em condições sub-humanas, e cabe a Big Boss libertá-los. Ele pertence a uma noção que não faz mais parte do cenário político central, mas que ainda tem poder o suficiente para mudar as coisas.

Foi justamente isso que permitirá aos jogadores escolher mais um aspecto importante da guerra: a utilização ou não de armamentos nucleares. De acordo com as informações do jornal The Guardian, a ética no trato com outros países e o uso de uma posição mais agressiva, ou não, com relação ao uso de ogivas fica totalmente a cargo do jogador, que deverá responder às ameaças externas.

Kojima, porém, lembra que a compra e pesquisa nuclear tem mais a ver com evitar ataques do que realiza-los. Trata-se de uma medida de ameaça, que amedronta os inimigos, mas também garante a entrada da nação em um determinado “sistema” que o criador deseja elucidar.

Segundo ele, tudo isso é fruto de decisões conscientes tomadas por ele durante a criação da história. Kojima enxerga que os grandes blockbusters americanos não devem ser a única maneira pela qual as pessoas enxergam os exércitos, principalmente o americano, e os video games podem ser usados para variar essa visão. É por isso que Guantánamo e a ameaça nuclear são pontos centrais no título.

Metal Gear Solid V: The Phantom Pain chega em 2015 para PlayStation 3, PS4, Xbox One e Xbox 360.

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